A colheita do café está acelerando no Brasil, à medida que as condições climáticas mais secas facilitam os trabalhos, resultando em maiores volumes de grãos canéforas (robusta/conilon), de acordo com o centro de pesquisas Cepea, da Esalq/USP.
O principal estado produtor de conilon, o Espírito Santo, já colheu cerca de 10-15% da safra, conforme relatado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Em Rondônia, onde o robusta amazônico é cultivado, aproximadamente 30% da colheita já foi concluída.
A chegada de uma nova oferta dessa variedade é uma notícia positiva para a indústria de torrefadores e café solúvel, uma vez que os preços do robusta em Londres, referência global, atingiram o pico de 12 anos pelo terceiro dia consecutivo na quarta-feira (17), devido à escassez de estoques dos agricultores do Vietnã, um importante produtor.
Os comerciantes, que têm enfrentado dificuldades para fornecer grãos de robusta à indústria, depositam suas esperanças no Brasil, apesar das chuvas em abril terem limitado os trabalhos.
O instituto de meteorologia Maxar informou que as condições têm sido secas nas áreas de cultivo de café do Brasil nesta semana e devem continuar assim nos próximos seis a dez dias, o que oferece ao país muitas oportunidades para a colheita.
A colheita de grãos de café arábica também começou em Minas Gerais, o principal estado produtor e exportador global.
Na região de Garça (SP), aproximadamente 10% da produção de café arábica já foi colhida. Nas regiões de Mogiana e Matas de Minas, as atividades de colheita representam cerca de 5% da produção. No Noroeste do Paraná e Sul de Minas, o índice de colheita é de apenas 2%.