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IGP-M de outubro recua 0,36% com queda dos preços agropecuários e da energia elétrica

O IGP-M de outubro de 2025, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) em 30/10, registrou queda de 0,36%, revertendo a alta de 0,42% de setembro. O índice acumula –1,30% no ano e +0,92% em 12 meses.
Linhas de transmissão de energia elétrica ao pôr do sol, simbolizando a influência das tarifas de energia no IGP-M de outubro de 2025.
Queda nas tarifas de energia elétrica ajudou a reduzir o IGP-M em outubro de 2025, segundo a FGV. (Foto: Freepik)

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), referente a outubro de 2025, caiu 0,36%, revertendo a alta de 0,42% registrada em setembro. Informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) em indicador lançado nesta quinta-feira (30/10). Com o resultado, o índice acumula queda de 1,30% no ano e alta de 0,92% em 12 meses.

Principais dados do mês:

  • IGP-M: –0,36% (set/25: +0,42%)
  • IPA-M (Atacado): –0,59%
  • IPC-M (Consumo): +0,16%
  • INCC-M (Construção): +0,21%
  • Acumulado 12 meses: +0,92%

A retração apresentada no IGP-M de outubro de 2025 foi causada principalmente pela queda dos preços agropecuários, como leite in natura, café e soja em grão, e pela redução das tarifas de energia elétrica residencial, após mudança da bandeira tarifária de vermelha patamar 2 para vermelha patamar 1.

IGP-M de outubro 2025 reflete alívio no atacado e no consumo

O IGP-M lançado em outubro de 2025 apresenta levantamentos de outros índices. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que responde por cerca de 60% da composição do IGP-M, registrou queda de 0,59%, após ter subido 0,49% em setembro. A queda foi liderada pelas matérias-primas brutas, que recuaram 1,41%, influenciadas por produtos como bovinos, leite in natura e café em grão.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) desacelerou para 0,16%, ante 0,25% em setembro. A principal contribuição negativa veio do grupo Habitação, cuja variação passou de +1,14% para +0,04%, refletindo o impacto direto na tarifa de energia elétrica residencial.

Enquanto isso, outros grupos apresentaram leve alta, como Vestuário (+0,58%) e Educação, Leitura e Recreação (+0,50%), sinalizando estabilidade no consumo.

Resumo dos grupos no IPC-M:

  • Habitação: 1,14% → 0,04%
  • Alimentação: –0,29% → +0,05%
  • Vestuário: –0,15% → +0,58%
  • Transportes: +0,16% → +0,23%

De acordo com o economista Matheus Dias, do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), “em outubro, os preços ao produtor foram impactados pela queda de matérias-primas brutas agropecuárias de peso, como leite in natura, café em grão, soja em grão e bovinos”.

INCC-M outubro mantém ritmo, com alta de 0,21%

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) avançou 0,21%, repetindo a variação de setembro. Dentro do índice, houve comportamento desigual:

  • Materiais e equipamentos: –0,05% → +0,29%
  • Serviços: +0,18% → +0,08%
  • Mão de obra: +0,54% → +0,13%

Entre os itens que mais influenciaram o índice, destacam-se cimento Portland comum (+1,66%) e condutores elétricos (+1,67%), enquanto conta de energia (–1,72%) e materiais de exaustão (–0,77%) puxaram o indicador para baixo.

Efeitos do índice sobre inflação e contratos

O recuo do IGP-M de outubro de 2025 reduz a pressão sobre contratos de aluguel e serviços indexados, aliviando momentaneamente o custo de reajustes automáticos. Além disso, o comportamento do mês indica descompressão no atacado e moderação no consumo. Portanto, é um cenário que favorece a estabilidade inflacionária no fim do ano.

O FGV IBRE avalia que a retração observada no IGP-M de outubro de 2025 é pontual, ligada a fatores sazonais e ao comportamento das commodities agrícolas. Por fim, caso o câmbio permaneça estável e não ocorram choques climáticos, analistas esperam manutenção de baixa pressão inflacionária nos próximos meses

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