A economia da China, apesar de sair de três anos de restrições pandêmicas, enfrenta desafios em sua trajetória de recuperação. Dados recentes da Agência Nacional de Estatísticas (NBS) evidenciam uma contração mais rápida do que o esperado na atividade industrial do país em maio, com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial da indústria mergulhando para o nível mais baixo dos últimos cinco meses.
Desaceleração nos Serviços
Além da indústria, o setor de serviços também experimentou uma desaceleração, expandindo no ritmo mais lento em quatro meses. O PMI não manufatureiro oficial recuou para 54,5, abaixo dos 56,4 do mês anterior. Esse enfraquecimento é particularmente notável nos segmentos de transporte ferroviário e aéreo, além de hospedagem e alimentação, que, apesar de continuarem em expansão devido às viagens do feriado do Dia do Trabalho, não foram suficientes para sustentar o ímpeto geral do setor de serviços.
Queda do PMI
O PMI industrial da China reduziu-se para 48,8, evidenciando uma contração significativa abaixo da linha divisória de 50 pontos que distingue crescimento de retração. Este resultado não apenas se posicionou abaixo dos 49,2 de abril, como também frustrou as expectativas de analistas, que antecipavam uma melhoria para 49,4.
Recuperação Desigual
A recuperação econômica da China mostra-se desigual, com os gastos em serviços demonstrando maior vigor em comparação aos setores industrial, imobiliário e de exportação. A atividade imobiliária, em particular, registrou declínio. Além disso, os subíndices do PMI de maio revelaram que tanto a produção industrial quanto os novos pedidos, incluindo novas encomendas de exportação, enfrentaram retração pelo segundo mês consecutivo.
A situação atual intensifica a pressão sobre as autoridades chinesas para implementar medidas que sustentem a recuperação econômica em andamento, buscando reverter a tendência de enfraquecimento da demanda que tem marcado a segunda maior economia do mundo nos últimos meses.
