O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cobrou empenho da articulação política do Palácio do Planalto para a votação da reforma tributária. O chefe da casa afirmou que pretende pautar o debate até o final deste semestre, mas não garantiu a aprovação da matéria no plenário. Segundo ele, é preciso que haja uma articulação com líderes partidários, empresários e entes federativos.
“Precisamos agora focar na reforma tributária e eu pedi, lógico, o envolvimento do governo e o presidente tem realmente interesse nessa matéria, porque sabe que isso é importante para o país”, disse Lira na entrevista, após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 5.
“Nós combinamos que ela tem que ir ao plenário da Câmara ainda neste semestre, antes do recesso, portanto o governo precisa fazer junto com seus líderes, com quem trabalha na articulação, um processo de arregimentação de uma base que se mostre cristalina”, acrescentou.
A reforma tributária é uma das prioridades da equipe econômica do governo Lula junto com o Novo Arcabouço Fiscal, que encontra-se em tramitação no Senado. Nesta terça-feira, 6, o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) vai divulgar o relatório, com base no que foi ouvido no Grupo de Trabalho criado especialmente para analisar as alterações na legislação.
Esse relatório, entretanto, não será o substitutivo das duas propostas de emenda à Constituição (PEC) sobre a reforma tributária paradas no Congresso. Apenas conterá um resumo do que foi discutido no grupo de trabalho, os pontos consensuais e uma história de 40 anos de discussão de reforma tributária.









