O bilionário Elon Musk admitiu que o Twitter não pagou o aluguel dos escritórios, o que acabou afetando indiretamente o Goldman Sachs, um dos maiores bancos dos EUA. De acordo com ações judiciais, a rede social não realiza os depósitos de aluguel desde novembro. Além disso, a empresa informou aos funcionários que não tem intenção de retomar os pagamentos ou quitar as dívidas atrasadas.
Empréstimos Imobiliários
No primeiro trimestre deste ano, o valor em atraso de empréstimos imobiliários comerciais do Goldman subiu 612%, alcançando US$ 840 milhões (R$ 4,08 bilhões). Em comparação, o calote no mesmo tipo de crédito em todo o setor bancário dos Estados Unidos teve um aumento mais modesto, de 30%, atingindo US$ 12 bilhões (aproximadamente R$ 58,35 bilhões).
Banco Credor
O Goldman Sachs não é dono dos prédios do Twitter, mas é credor da Columbia Property, fundo que abriga dois escritórios da rede social. Esse fundo parou de pagar os empréstimos ao banco em fevereiro. Apesar disso, o impacto do calote do Twitter e da Columbia Property nas finanças do Goldman é limitado. O banco possui uma exposição relativamente baixa ao setor imobiliário, o que reduz o efeito desse evento do aluguel do Twitter.
O Goldman Sachs enfrenta uma disputa interna entre executivos e sócios em relação a decisões do CEO, David Solomon, que envolvem bônus, estratégia e sua carreira como DJ. De acordo com o Wall Street Journal, o banco tem aproximadamente 420 executivos em sua estrutura de sociedade, e alguns questionam as ações de Solomon. Entre as críticas, está sua imagem como DJ em casas noturnas e festivais, argumentando que isso não é adequado para o CEO de uma das maiores empresas de Wall Street.
Um porta-voz do banco afirmou ao WSJ que as divergências de opinião refletem um debate saudável dentro da empresa. As tensões e desafios enfrentados pelo Goldman Sachs estão evidentes nas decisões de seu CEO. Isso também afeta as expectativas dos executivos dentro da estrutura de sociedade da empresa.