A Diretoria Executiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aprovou um aumento médio de 34% nas tarifas de armazenagem pagas aos armazéns credenciados pela estatal. O reajuste, que não ocorria desde 2017, foi publicado no Diário Oficial na quinta-feira (15/06)
O presidente da Conab, Edegar Pretto, afirmou em comunicado que o aumento nas tarifas é necessário para ampliar a rede credenciada, como parte dos preparativos para retomar a formação de estoques públicos. Ele enfatizou a importância dos estoques públicos no combate à inflação dos alimentos.
A Conab ainda não divulgou os custos envolvidos nessa política, e o governo federal não anunciou oficialmente os mecanismos que serão utilizados para retomar as compras para estoques públicos, nem quais produtos serão envolvidos.
Pretto destacou a necessidade de reestruturar a rede de armazenagem, incluindo os armazéns próprios da Conab e os de terceiros credenciados, como parte dos esforços para restabelecer os estoques reguladores do governo.
Enquanto um programa de compras de grãos pode ser viável, considerando a recente queda de preços, há desafios relacionados à capacidade de armazenamento no Brasil. Na atual temporada, o país colheu mais grãos na safra de verão do que sua capacidade de armazenar, algo que não acontecia há 20 anos, conforme alertou uma reportagem da Reuters em janeiro.
A formação de estoques públicos é uma ferramenta importante para garantir o preço mínimo da produção e a renda dos agricultores, além de regular o abastecimento interno e mitigar as variações de preços, conforme destacou a Conab em seu comunicado. Os estoques públicos podem ser utilizados em ações da Conab, como ajuda humanitária, doação de alimentos e o Programa de Venda em Balcão (ProVB).