Em uma entrevista concedida no Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou a enfatizar a importância de reduzir a taxa básica de juros (Selic) como forma de estimular o crescimento econômico do Brasil. Com a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) agendada para os dias 1º e 2 de agosto, Haddad expressou sua expectativa por uma resposta positiva do colegiado do BC (Banco Central), considerando o “esforço feito” na área econômica.
Atualmente, a Selic encontra-se em 13,75% ao ano, e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm pressionado o BC por uma redução na taxa de juros. Haddad ressaltou as ações realizadas ao longo do ano, as quais considera sem precedentes, em conjunto com o trabalho do Congresso e do Judiciário, para promover melhorias na situação econômica que estava desorganizada em 2022. O ministro acredita que o país vive um semestre extremamente produtivo e espera uma resposta compatível por parte da autoridade monetária.
O ministro também participou do lançamento de uma agenda contendo propostas de reformas financeiras para o ciclo 2023-2024. Essa agenda tem o objetivo de aprimorar regulamentações e aumentar a eficiência dos mercados financeiros, de capitais, seguros, capitalização e previdência complementar aberta. As propostas em discussão envolvem aspectos microeconômicos e estão sendo analisadas em conjunto com representantes dos respectivos setores.
Durante a entrevista, Haddad enfatizou a relevância da Reforma Tributária como a “mãe” de todas as reformas e procurou defender outros projetos do governo, incluindo o arcabouço fiscal. O ministro acredita que a economia tem a oportunidade de “deslanchar” caso o país adote as medidas necessárias. Segundo ele, a economia é como uma corrida de Fórmula 1, onde é essencial acertar o carro para avançar de forma rápida e ultrapassar os demais competidores.