Durante toda a última semana ministros do governo federal fizeram declarações para pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que terá a responsabilidade de decidir o nível da taxa básica de juros, a Selic, na próxima quarta-feira (2).
Declarações dos ministros destacaram a importância de uma redução significativa da taxa Selic para impulsionar o crescimento econômico do país.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, expressou sua preocupação com o que chamou de “miopia” no Banco Central, defendendo um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião, na quarta (26).
No dia seguinte, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em tom de brincadeira, sugeriu que o Senado precisaria “contratar um psiquiatra” para o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, caso a Selic não fosse reduzida na próxima reunião.
No sábado (29), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescentou suas críticas ao alto nível da taxa Selic. Segundo ele, já havia motivos suficientes para iniciar um ciclo de cortes desde junho, mas a diretoria do Copom tem adotado uma postura conservadora, atrasando o processo.
Ele reforçou que existe um espaço considerável para cortar a Selic e defendeu que o ciclo de baixa comece já na próxima semana, com uma redução de 0,50 ponto percentual.