O Departamento do Comércio dos Estados Unidos confirmou oficialmente a imposição de tarifas antidumping sobre empresas da China, Alemanha e Canadá, em meio a alegações de preços injustos em produtos de estanho, um metal amplamente utilizado na fabricação de latas de alimentos. As tarifas entrarão em vigor como medida preliminar, aguardando uma decisão final que será anunciada em janeiro.
Dentre os três países afetados, os produtos chineses enfrentarão as tarifas mais elevadas, atingindo 122,52% de seu valor de importação. As informações já haviam sido adiantadas por fontes ao The Wall Street Journal.
Em comunicado, o Departamento do Comércio explicou que cerca de 111,98% desse valor representa uma medida de “caso de subsídio”, com o intuito de ajustar a taxa conforme os subsídios de exportação são levados em consideração durante a avaliação do produto.
Um funcionário do governo americano esclareceu ao WSJ que a tarifa mais alta reflete a falta de cooperação das empresas chinesas na investigação referente à sua independência em relação ao Partido Comunista da China, além dos possíveis subsídios governamentais.
As tarifas aplicadas a empresas alemãs, como a Thyssenkrupp Rasselstein, e canadenses, como a ArcelorMittal, também foram confirmadas, totalizando 7,02% e 5,29%, respectivamente.
Outros cinco parceiros comerciais, incluindo Holanda, Coreia do Sul, Taiwan, Turquia e Reino Unido, foram isentos das acusações de dumping, como já havia sido previamente indicado.