Milei, candidato de direita, surpreende com 30% dos votos nas primárias argentinas. Propostas ousadas para economia geram impacto nos mercados. Em um novo passo de sua trajetória, se reuniu com o FMI nesta sexta( 19). Um porta-voz do FMI disse que a discussão com Milei e sua equipe “foi uma oportunidade de trocar opiniões sobre as perspectivas econômicas atuais para a Argentina e saber mais sobre suas prioridades de política econômica”.
Nas primárias eleitorais da Argentina, o candidato de direita Milei obteve uma surpreendente conquista, assegurando 30% dos votos. O cenário político está em efervescência, uma vez que ele superou o bloco conservador com 28% e os peronistas de centro-esquerda com 27%. Tais primárias são consideradas um indicador crucial para a eleição geral marcada para 22 de outubro, quando a nação escolherá seus líderes governamentais, desde presidente e vice-presidente até membros do Congresso e governadores provinciais.
O inesperado resultado das primárias teve um efeito significativo nos mercados financeiros argentinos. Isso levou o banco central a implementar um aumento drástico nas taxas de juros, com um aumento de 21 pontos percentuais. Adicionalmente, o governo optou por uma desvalorização da moeda em 18%. Essas medidas foram uma resposta à turbulência que se instaurou nos mercados de títulos e câmbio após o desempenho eleitoral surpreendente de Milei.
Esta reviravolta no panorama político e econômico argentino tem mantido os observadores atentos, uma vez que o candidato de direita Milei desafia as convenções e propõe reformas radicais. O impacto das suas ideias se reflete não apenas nos resultados das primárias, mas também na reação dos mercados, sinalizando tempos de incerteza e mudanças potenciais no horizonte da Argentina.
