Já ouviu falar em biometano? É um gás combustível produzido pelo tratamento do biogás. Este último é resultado da decomposição de biomassa em biodigestores. Mais de 90% da composição do biometano é metano, tornando-o uma alternativa ao Gás Natural Veicular (GNV), que é derivado de reservas petrolíferas.
No Brasil, 14 usinas de biometano estão ativas nos estados do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estas usinas geram 400 mil m³ de biometano por dia, mas somente 100 mil m³ são canalizados para a rede de distribuição, representando 1% do potencial total estimado em 100 milhões de m³ diários.
Desafios e Oportunidades
Um desafio iminente é a distribuição. A rede gasoduto está consolidada no litoral, mas carece de expansão no interior, uma região com potencial produtivo e rica em matéria-prima orgânica. Conforme uma pesquisa de 2022 realizada pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) juntamente com a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), espera-se que a produção diária de biometano no Brasil chegue a 2,2 milhões de m³ até o ano de 2027.
Produção do Biometano
Mas, como exatamente o biometano é produzido? Inicia-se com rejeitos orgânicos, que são inseridos em biodigestores. Aqui, bactérias atuam decompondo a matéria, gerando biogás e biofertilizante. Por fim, o biogás é purificado, reduzindo componentes como Dióxido de Carbono, gerando o biometano, pronto para uso.
Biogás vs. Biometano: Qual a Diferença?
Enquanto o biogás é gerado diretamente da digestão bacteriana da biomassa, o biometano é o resultado da purificação subsequente desse biogás. A relação entre eles é intrínseca, e juntos, oferecem um leque diversificado de aplicações, de combustíveis a fontes de energia.
Neste contexto, o biometano não só destaca-se como um substituto ecológico ao GNV, mas também simboliza uma etapa promissora na jornada energética sustentável do Brasil.









