Nesta sexta-feira (25), as taxas dos títulos no mercado do Tesouro Direto apresentam movimentos divergentes, reagindo à divulgação do IPCA-15 de agosto. O índice de prévia da inflação oficial do Brasil surpreendeu ao registrar alta de 0,28%, superando projeções. Esse resultado inesperado impactou a curva de juros, levando investidores a reconsiderar projeções futuras para a taxa Selic.
As taxas dos títulos do Tesouro Direto refletem essas mudanças, com ajustes tanto nos prefixados quanto nos títulos atrelados à inflação.
A informação da alta no IPCA acontece ao mesmo tempo em que o Fed (espécie de Banco Central americano), informou que se prepara para subir as taxas de juros do país.
O IPCA-15 registrou um aumento de 0,28% em agosto, conforme dados do IBGE. Este resultado marca uma mudança significativa em relação à deflação de 0,07% observada em julho.
Os analistas, que anteriormente projetavam uma inflação de 0,17% para agosto, agora se deparam com números superiores. Andre Fernandes, executivo da A7 Capital, descreve a situação como “ruim” e sugere que aqueles que antecipavam um corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic até o final do ano podem estar reconsiderando suas posições.
Após o anúncio, as taxas de juros futuros começaram a subir nos prazos mais longos, já que os investidores ajustam suas expectativas para uma possível elevação da taxa Selic. A taxa do DI para janeiro de 2025, por exemplo, subiu de 10,4% para 10,5%, enquanto a taxa para 2026 teve um ajuste de 9,96% para 10,06%.