O estoque da dívida pública federal registrou um aumento de 2,01% em agosto, atingindo a marca de R$ 6,265 trilhões. A informação é do Tesouro Nacional, divulgada nesta quarta-feira(27). O mês foi marcado por uma maior aversão ao risco, com investidores considerando a possibilidade de juros altos por um período prolongado nas principais economias.
A equipe econômica justificou que o aumento está atrelado a queda das bolsas e o aumento dos títulos nos Estados Unidos. Além disso, devido ao rebaixamento do rating do país pela Fitch e as dificuldades financeiras enfrentadas por incorporadoras na China.
Essa variação na dívida resultou de uma emissão líquida no valor de R$ 59,27 bilhões, além da apropriação positiva de juros. O valor total soma R$ 63,95 bilhões. Tais valores foram parcialmente neutralizados pela transferência de títulos para a carteira do Banco Central.
Durante o período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) teve um aumento de 1,94%, enquanto a externa subiu 3,71%. A dívida interna soma R$ 6,028 trilhões, enquanto a externa (DPFe) chega a R$ 237,46 bilhões.
A reserva de liquidez também aumentou nominalmente em 3,30%, passando de R$ 991,85 bilhões em julho para R$ 1,024 trilhão em agosto, com um índice de liquidez correspondente a 7,92 meses.
No que diz respeito à composição da dívida, a participação dos títulos prefixados no total aumentou para 25,00% em agosto, enquanto os títulos atrelados a índices de preços representam 29,61%. Já os corrigidos pela taxa Selic assume 41,39% desta dívida.