O Aquecimento do Mercado de Trabalho tem sido uma boa informação para a economia brasileira. Nesta segunda-feira (02/10), os dados divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e pelo Ministério do Trabalho e Emprego revelaram um saldo positivo de 220.844 empregos com carteira assinada somente no mês de agosto deste ano.
O acumulado de janeiro a agosto reflete uma realidade ainda mais positiva: um saldo de 1,38 milhão de vagas. A variação se deu através das 2.099.211 admissões frente a 1.878.367 desligamentos, indicando que o mercado está, aos poucos, absorvendo mais mão de obra e gerando oportunidades.
O saldo de agosto não apenas reflete um mês positivo, mas também contribui para elevar o estoque de empregos formais no país a 43,8 milhões de postos, representando uma variação de 0,51% em relação ao mês anterior. Este número marca um recorde na série histórica do Caged, tanto no período anterior a 2020 quanto no Novo Caged, que compila dados a partir deste ano.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressalta que os dados indicam o início do aquecimento da massa salarial, fenômeno que, segundo ele, está atrelado ao aumento do salário mínimo e aos acordos coletivos de trabalho. “Isso acaba também provocando um crescimento na massa salarial”, analisa Marinho.
Entre os setores, o de serviços lidera como o maior gerador de empregos em agosto, adicionando 114.439 postos ao mercado. O comércio vem em seguida, com 41.843 novos empregos. Outros setores também demonstraram crescimento, como a indústria, construção e agropecuária, com 31.086, 28.359 e 5.126 vagas, respectivamente.
A análise por estado revela São Paulo na liderança, com a geração de 65.462 postos no mês, seguido por Rio de Janeiro e Pernambuco, com 18.992 e 15.566, respectivamente. Já os menores saldos foram observados no Espírito Santo, Acre e Roraima, com 315, 448 e 689 vagas, nessa ordem.
No que tange aos salários, os valores para admissão e desligamento em agosto foram de R$ 2.037,90 e R$ 2.121,90, respectivamente. Uma análise de gênero revela uma disparidade salarial, com o grupo masculino recebendo R$ 2.116,47, enquanto o feminino alcançou R$ 1.924,51.
