Os contratos futuros de petróleo apresentaram um sólido ganho nesta sexta-feira (13). Dessa forma, foram impulsionados por preocupações com o conflito entre Israel e o Hamas. Além disso, sofreram influência de indicadores da China que sinalizam uma demanda robusta por commodities.
O preço do WTI para novembro encerrou o dia com um aumento de 5,77%, atingindo US$ 87,69 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Enquanto o Brent para dezembro registrou um ganho de 5,69%, chegando a US$ 90,89 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI subiu 5,92% e o Brent 7,46%.
O aumento nos preços do petróleo foi influenciado pelas tensões crescentes entre Israel e o Hamas. Nesse cenário, com Israel solicitando a retirada da população no norte da Faixa de Gaza em 24 horas, a ONU alertou para possíveis consequências humanitárias devastadoras, enquanto o Hamas aconselhou os palestinos a permanecerem em suas casas.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, buscou apoio em países árabes para conter a escalada do conflito, enquanto o grupo libanês Hezbollah reiterou seu apoio ao Hamas.
Nesse contexto, o mercado de petróleo manteve-se atento a possíveis interrupções na oferta. Indicadores chineses, embora modestos em geral, confirmaram uma demanda contínua por commodities, incluindo combustíveis fósseis. A incerteza prevalece, mas a escalada regional no Oriente Médio poderia causar perturbações significativas na produção de petróleo, aumentando o prêmio de risco nos preços do petróleo. O temor de uma disseminação da violência na região e o reforço das sanções contra o Irã, um importante membro da OPEP, também estão no radar dos analistas.
