Atualmente, os investidores que têm ativos na Argentina estão se preparando para enfrentar perdas à medida que se aproximam as eleições presidenciais do país, marcadas para hoje (22/10). A alta incerteza econômica, com inflação de três dígitos e desânimo geral, torna o cenário desafiador, independentemente do vencedor. Ou seja, Javier Milei, Sergio Massa ou Patricia Bullrich. O país enfrenta sérios desafios, incluindo uma provável sexta recessão em uma década e a falta de reservas cambiais no banco central. O impacto disso afeta diretamente ativos como títulos, ações e criptomoedas.
Os títulos soberanos argentinos estão sob pressão, com rendimentos em alta, indicando um risco elevado de default. Os investidores veem espaço para mais quedas nos preços, especialmente se Milei vencer diretamente ou se houver um segundo turno em novembro. Os controles de capital tornam difícil para investidores estrangeiros acessar ações locais.
Os mercados de crédito corporativo da Argentina também estão sofrendo, com a incerteza política afetando títulos corporativos, como os da empresa estatal de petróleo YPF. Títulos de governos regionais, como Neuquén e Chubut, são considerados refúgios, mas continuam caros.
Investidores estrangeiros evitam a bolsa de valores argentina devido a controles cambiais. O índice S&P Merval atingiu altas históricas recentemente, refletindo as preocupações com a inflação e desvalorização do peso. Criptomoedas são uma opção para contornar os controles de capital. O mercado de criptomoedas online pode sinalizar a reação dos mercados aos resultados eleitorais.