A temporada de balanços dos bancos no terceiro trimestre promete ser mais animadora. Depois dos desafios ligados ao caso Americanas nos primeiros meses do ano, o crédito para empresas indica fortalecimento. Adicionalmente, o problema da inadimplência de pessoas começa a estabilizar, com possíveis sinais de diminuição.
Um estudo feito pelo Valor junto a sete instituições revela que os principais bancos com ações em bolsa devem registrar lucro combinado médio de R$ 25,095 bilhões entre julho e setembro. Isso representa um crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior e um avanço de 1,2% comparado ao terceiro trimestre de 2022.
A previsão era de um segundo semestre mais favorável, principalmente pela queda das taxas de juros. Inflação no início do ano impactou as finanças das famílias, principalmente das mais vulneráveis, resultando em maior inadimplência. Contudo, agora, com a inflação e a Selic em declínio, e com indicadores econômicos favoráveis, a perspectiva é mais otimista. O programa Desenrola, de renegociação de dívidas do governo, também contribui, mesmo que seu impacto direto nos balanços não seja tão significativo.