Instituições de fomento comercial comentam expectativas sobre COPOM

Foto: Reprodução/Internet

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu início, na terça-feira, dia 31 de outubro, à primeira parte da reunião que definirá o novo patamar da taxa Selic, atualmente em 12,75% ao ano. Hoje, quarta-feira, dia 1º de novembro, a expectativa unânime do mercado é de que haverá mais um corte na taxa básica de juros, reduzindo-a para 12,25% ao ano.

A sessão inicial é dedicada à análise de conjuntura, na qual o Copom revisita temas cruciais para a tomada de decisão sobre a Selic. Nesta tarde, ocorre a segunda parte da reunião, na qual o colegiado definirá o novo nível da Selic, que será anunciado a partir das 18h30.

Instituições de fomento comercial como o SINFAC (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil dos Estados do Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte) e a ANFAC (Associação Nacional de Fomento Comercial) comentam sobre as expectativas de mercado horas antes da liberação da ata do Copom.

 

Empresário e ex-diretor do BC, Luiz Lemos Leite, Presidente da ANFAC (Associação Nacional de Fomento Comercial)

Ainda em vista do que está por vir com os novos patamares liberados pelo Banco Central, o presidente da ANFAC, e ex-diretor do BC, Luiz Lemos Leite, acrescentou: “Os últimos indicadores econômicos mostram que a inflação, embora em queda, ainda não apresenta um nível confortável. A pesquisa feita pelo mercado, na véspera da reunião do Copom deste mês, foi unânime em fixar a taxa Selic em 12,25%. O Banco Central dispõe de muitos elementos para avaliar a conjuntura econômica. Para mim, entretanto, a questão básica nessa análise são as incertezas da situação fiscal, com seus reflexos na política monetária. Felizmente, o Banco Central conta com diretores altamente qualificados para tomar a decisão mais racional em interesse do nosso país.”

Ex-banqueiro Geldo Machado, controlador do grupo financeiro Valorize Cred e presidente do Sinfac (CE, PI, MA, RN).

O contexto de expectativa do mercado gera discussões sobre possibilidades no resultado da reunião. O presidente do Sinfac, Geldo Machado, afirmou: “Embora tenhamos observado alguns pontos positivos e outros não tão bons assim, como a queda na geração de empregos formais e a pressão persistente da inflação, mesmo com a expectativa oficial do ano em queda, além da redução no desemprego que influencia positivamente a redução na Selic, ao meu ver, a redução deverá ser de 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% para 12,25% ao ano. É possível que até dezembro observemos essa redução chegando a 11,75%.”

No Boletim Focus, a mediana para a inflação de 2023 caiu de 4,86% em setembro para 4,63%, 0,12 ponto percentual abaixo do teto da meta, que é de 4,75%. Para 2024, houve uma pequena piora nas estimativas, passando de 3,86% para 3,90%, embora ainda esteja acima do alvo central de 3,00%. Para 2025 e 2026, as estimativas permaneceram em 3,50%, indicando uma desvinculação em relação à meta contínua de 3,00%.

Em setembro, as projeções do próprio Copom eram de 3,5% em 2024, foco prioritário desta reunião, e 3,1% para 2025, que tem peso menor no horizonte relevante.

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