O encerramento recente de dois ETFs (fundos de índice) socialmente responsáveis do JPMorgan destaca a crescente preocupação com o desaparecimento do interesse por produtos ESG (ambiental, social e de governança).
A matéria detalha que ETFs considerados “do bem” enfrentaram saídas sem precedentes de US$ 7,7 bilhões este ano, após uma década de captações positivas. Dados da Bloomberg Intelligence revelam o fechamento de 14 fundos ESG em 2023, incluindo os ETFs JPMorgan Sustainable Consumption (CIRC) e JPMorgan Social Advancement (UPWD), programados para liquidar até o final do ano.
O investimento baseado em princípios está agora fortemente ligado à política. O CEO da BlackRock, Larry Fink, após posicionar sua empresa como líder nesse setor, anunciou a aposentadoria desse rótulo, enfrentando protestos políticos que retiraram bilhões em fundos estatais de sua empresa.
Nate Geraci, da The ETF Store, menciona que a polarização política tem afetado o apetite por ESG entre assessores de investimentos, que evitam misturar política com portfólios. O fechamento dos ETFs reflete essa tendência, com ambos encerrando após apenas um ano de existência e registrando poucas entradas ao longo do tempo.
O texto destaca um contraste com os anos anteriores, quando os ETFs ESG atraíram investimentos significativos. No entanto, essa dinâmica gerou riscos de concentração, tornando os ETFs vulneráveis a resgates mais substanciais conforme o sentimento do mercado mudava.
A análise da Bloomberg Intelligence sugere que a atual reação política pode impedir a adoção mais ampla do ESG, prolongando o problema da dependência de um pequeno grupo de investidores e representando riscos para o crescimento futuro.