A bandeira verde na conta de luz em dezembro será mantida, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Isso significa que os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) não enfrentarão taxas extras no próximo mês.
As bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, são um sistema da Aneel que reflete os custos variáveis da geração de energia. Elas indicam os custos associados à geração de energia elétrica, impactando diretamente o valor final da conta de luz.
Durante o período de vigência da bandeira verde, não há acréscimos na conta. No entanto, as bandeiras amarela e vermelha implicam em acréscimos que variam entre R$ 2,989 e R$ 9,795 a cada 100 kWh consumidos. Durante a bandeira de escassez hídrica, o acréscimo foi de R$ 14,20 por 100 kWh.
A decisão de manter a bandeira verde em dezembro veio após análises das condições de geração de energia. Os reservatórios das usinas hidrelétricas apresentaram níveis satisfatórios, atingindo 87% em média no início do período seco, contribuindo para um cenário favorável.
Caso as outras bandeiras fossem instituídas, os consumidores enfrentariam um reajuste de até 64% nas tarifas, conforme aprovado pela Aneel em junho de 2022. Este aumento refletiu a inflação e o maior custo das usinas termelétricas, influenciado pelo encarecimento do petróleo e do gás natural.
Por outro lado, em agosto, a Aneel propôs uma consulta pública para reduzir as bandeiras tarifárias em até 36,9%. Essa possível redução foi justificada por fatores como reservatórios cheios, expansão da energia eólica e solar, e queda no preço internacional dos combustíveis fósseis.
