A arrecadação de impostos em Mato Grosso atingiu um marco significativo. Conforme dados da Fecomércio Mato Grosso, na segunda-feira (27/11), seu impostômetro registrou mais de R$ 40 bilhões em impostos, taxas, multas e contribuições, um crescimento de 5,38% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este valor já se aproxima do total de 2022, que foi de R$ 42,2 bilhões.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, analisa o aumento na arrecadação, atribuindo-o principalmente à inflação no país. Ele explica que o processo inflacionário tende a acelerar a arrecadação de impostos, especialmente em um estado com economia aquecida como Mato Grosso.
A expectativa é que o total arrecadado em 2022 seja superado 18 dias antes neste ano. Estima-se que até o final de 2023, a arrecadação em Mato Grosso alcance cerca de R$ 44,7 bilhões. A capital do estado já contribuiu com R$ 831 milhões desde o início do ano, com previsão de alcançar aproximadamente R$ 927 milhões até o fim do ano. Impostos como ICMS, Imposto de Renda e os de Previdência estão entre os principais contribuintes.
Wenceslau Júnior destaca a importância das cidades ligadas ao agronegócio, como Sinop e Sorriso, que juntas arrecadaram R$ 259 milhões, demonstrando a força econômica da região norte do estado.
Contexto Nacional
Em comparação nacional, a arrecadação de impostos pelo governo federal mostrou um aumento modesto em outubro de 2023. De janeiro a outubro, a arrecadação federal acumulada teve um recuo de 0,68% em termos reais, somando R$ 1,9 trilhão. As desonerações em tributos como IPI e PIS/Cofins sobre combustíveis influenciaram esses números. A arrecadação de IRPJ e CSLL em outubro totalizou R$ 52,49 bilhões, uma redução real de 7,06% em relação ao ano anterior, com um acumulado de R$ 409,91 bilhões no ano, uma queda de 8,59%.