Fintechs no Brasil estão revolucionando o acesso ao crédito educacional, principalmente para as pessoas das classes C e D, que historicamente enfrentam dificuldades devido aos altos juros impostos pelo sistema financeiro tradicional. Em um cenário onde os juros dos cartões de crédito atingem impressionantes 437% ao ano, as fintechs surgem como uma alternativa promissora, oferecendo taxas de juros muito mais baixas para financiamento educacional.
Fintech é um termo que combina as palavras “financeiro” e “tecnologia” e refere-se a startups ou empresas que criam produtos financeiros inteiramente digitais. A tecnologia é o principal fator que distingue essas empresas das instituições financeiras tradicionais.
Reinaldo Boesso, CEO da TMB Educação e especialista financeiro, aponta que a falta de opções acessíveis de financiamento perpetua um ciclo de endividamento, principalmente entre as classes C e D. “A falta de opções acessíveis de financiamento leva a esse comportamento, resultando em taxas abusivas que apenas aumentam o fardo financeiro”, disse Boesso.
Em contraste, as fintechs estão mudando esse cenário ao oferecer crédito educacional com taxas significativamente mais baixas. Ao adotar uma abordagem mais inclusiva, essas empresas estão criando oportunidades para aqueles que tradicionalmente não teriam acesso a tais recursos.
É importante destacar que segundo dados do Banco Central, a inadimplência no uso de cartões de crédito no Brasil é de 55%, significativamente maior do que os 18% em boletos, destacando as dificuldades financeiras das classes menos favorecidas.
Essas iniciativas vão além de simplesmente fornecer recursos para estudos. Elas também contribuem para a capacitação profissional e pessoal, o que pode reduzir a dependência de crédito e, consequentemente, as altas taxas de endividamento.
Essa nova abordagem das fintechs não apenas oferece uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, mas também representa um passo importante na luta contra o endividamento e na promoção da educação acessível.