O Tribunal de Contas da União (TCU) vai implementar a avaliação preditiva de risco em obras financiadas por transferências voluntárias federais. O último diagnóstico do órgão revelou a marca de mais de 8,6 mil obras paradas, das 21 mil analisadas, nas quais foram investidos mais de R$ 8,2 bilhões.
O TCU monitora o aumento de obras paradas através do Painel de Obras Paralisadas. Segundo o órgão, 3.580 instalações paralisadas são do setor da Educação Básica, seguido pela Infraestrutura, com 1.854. Pará, Tocantins, Goiás, Maranhão, Sergipe e Amazonas são os estados com maior percentual de obras paradas.
A equipe de auditoria optou por modelos preditivos para avaliar o risco de paralisação em obras financiadas pelo governo. O relator, ministro Walton Alencar Rodrigues, destaca que a identificação precoce desses riscos pode ser uma inovação estratégica em fiscalizações, otimizando recursos. “A existência de obras públicas inconclusas é um problema grave, denotando baixa eficiência na gestão e má alocação de recursos”, afirma Rodrigues.