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Nova regra para geladeiras visa eficiência, mas pode elevar preços

Nova legislação para eficiência energética em geladeiras pode aumentar preços, mas promete reduzir emissões e economizar energia.
Foto: nrd/Unsplash

O Ministério de Minas e Energia do Brasil publicou recentemente uma resolução que impõe regras mais rigorosas para a eficiência energética de geladeiras e congeladores domésticos. Essa mudança legislativa, embora vise a economia de energia e a redução das emissões de carbono, está provocando preocupações no setor de eletrodomésticos devido ao provável aumento nos preços desses produtos.

De acordo com o novo regulamento, haverá duas fases de transição: a primeira entre 2024 e 2025, e a segunda de 2026 a 2027. O objetivo é que, até 2028, os refrigeradores disponíveis no mercado sejam 17% mais eficientes do que os modelos atuais. A Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) argumenta que, ao final da segunda fase, cerca de 83% dos modelos de geladeiras atualmente vendidos não estarão mais disponíveis.

A Eletros também destaca que o custo das geladeiras mais acessíveis aumentará significativamente, chegando a custar entre quatro e seis salários mínimos – valores que variam de R$ 5.280 a R$ 7.920. Jorge Nascimento, presidente executivo da Eletros, expressou preocupações à CNN, afirmando que a medida poderá não atingir os resultados esperados em economia de energia, pois os preços mais altos podem impedir os consumidores de trocar seus aparelhos.

Por outro lado, o Ministério de Minas e Energia estima que a mudança resultará em uma redução significativa nas emissões de carbono, bem como em economia no consumo de energia elétrica até 2030, equivalente ao consumo residencial anual de toda a região Norte ou do estado de Minas Gerais.

Embora o governo assegure que a medida afeta apenas fabricantes, importadores e comercializadores de eletrodomésticos, e que os consumidores com equipamentos em bom estado não precisam adquirir novos modelos, a preocupação com os preços permanece. Renato Alves, Diretor da Eletros, alerta para possíveis desinvestimentos e perda de empregos no setor, enquanto o ministro do MME, Alexandre Silveira, defende que a medida incentivará o desenvolvimento tecnológico e a criação de novos empregos.

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