No último dia de negociação em 2023, o Ibovespa encerrou o ano com um aumento de 22,17%. Apesar ter hoje (28) uma pequena queda de 0,01%, fechando em 134.185 pontos, o índice manteve uma tendência de crescimento ao longo do ano. O dólar também registrou uma significativa desvalorização de 8,06% em relação ao real, finalizando o ano em R$ 4,8525, marcando sua maior queda desde 2016.
O ano de 2023 foi marcado por uma trajetória mais consistente para o Ibovespa, impulsionada pelo corte de juros no Brasil e a perspectiva de relaxamento monetário nos Estados Unidos. A desvalorização do dólar frente ao real contribuiu para a solidez do mercado brasileiro, tornando o país uma opção atrativa para investidores.
No último dia 13, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a taxa Selic de 12,25% para 11,75% ao ano, marcando o quarto corte no semestre em um ciclo para controlar a inflação e estabilizar a economia. A ata do Copom destaca a análise de vários fatores, como dinâmica inflacionária, expectativas de inflação a longo prazo, projeções e balanço de riscos, com o efeito de determinar a extensão do ciclo de flexibilização monetária. A ênfase é na manutenção de uma política monetária contracionista até que a desinflação e a ancoragem das expectativas em torno das metas sejam efetivas.
Em contrapartida, observamos um cenário de contrastes no ano anterior. Em 2022, o Ibovespa enfrentou volatilidade, atingindo a máxima de 121 mil pontos em abril, para depois cair para 96 mil em julho. Encerrou o ano com um crescimento modesto de 4,69%, fechando em 109.735 pontos. O primeiro trimestre foi positivo, impulsionado por investimentos estrangeiros e altas nas commodities.