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Produção de açúcar aumenta no Brasil

Cana-de-açúcar: Safra 2024/25 no Centro-Sul do Brasil bate recordes, enquanto Pernambuco registra altas. Açúcar cresce em relação ao etanol.
Produção de açúcar aumenta no Brasil
(Foto: Victoria Priessnitz/Unsplash)

A safra de cana-de-açúcar 2024/25 apresenta um panorama promissor. Na região Centro-Sul, estima-se que as usinas processem mais de 600 milhões de toneladas de cana a partir de abril. Este aumento na produção se deve, em grande parte, à preferência das usinas pela fabricação de açúcar, impulsionada por preços mais altos no mercado, em comparação ao etanol.

Pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP indicam que essa tendência é influenciada pela maior rentabilidade do açúcar. Em determinados períodos de 2023, o preço do açúcar no mercado spot de São Paulo foi significativamente maior que o do etanol. Prevê-se que a safra 2024/25 ultrapasse os recordes atuais, com a produção de açúcar podendo atingir 43 milhões de toneladas.

No início de 2024, o mercado de açúcar cristal branco em São Paulo registrou uma queda nos preços. O Indicador Cepea/Esalq mostrou um declínio de 2,09% na primeira semana do ano. No entanto, a queda se explica pela liquidez relativamente baixa do mercado, com muitos agentes ainda em férias, o que enfraqueceu a oferta e a demanda.

O Cepea estima que mais de 50% da cana deve ser destinada à produção de açúcar. Fatores macroeconômicos, como a queda nos preços do petróleo e a instabilidade do dólar, também são relevantes nesse contexto. Portanto, eles tendem a diminuir a competitividade do etanol frente à gasolina, favorecendo a produção de açúcar.

Em Pernambuco, cana-de-açúcar registrou aumento

Em Pernambuco, a safra 2022/23 já evidenciou um aumento na produção. O setor processou 14,31 milhões de toneladas de cana, resultando em 995 mil toneladas de açúcar e 363 milhões de litros de etanol. O crescimento foi de 11% em relação à safra anterior.

Em entrevista à Folha de Pernambuco, Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE e da NovaBio, comenta que a produção de cana-de-açúcar deve continuar crescendo, embora não de forma tão expressiva quanto na safra anterior. “Do ponto de vista agroindustrial, o resultado da safra em curso 2023/2024 não deve acarretar quedas do contingente geral de produção e até um crescimento da produção de açúcar, mas não um cenário de crescimento robusto como na safra 22/23 com relação a 21/22”, explica.

Cunha também prevê que a produção de etanol sofrerá quedas em relação ao açúcar. “O etanol deve decrescer fruto da alternância de política fiscal do governo federal que diminuiu sua competitividade, onde não se verifica uma previsibilidade maior para o produtor, sobretudo para quem compete com uma gasolina, que tem as suas próprias políticas, prioritariamente protegidas, na competitividade com o etanol limpo e descarbonizador”, afirma.

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