O ano de 2023 trouxe consigo um aumento significativo nos preços de diversos alimentos no Brasil, com o morango ocupando o primeiro lugar dessa lista. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fruto teve uma alta de 75% no preço, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Este aumento no valor do morango não é um fato isolado, mas parte de um cenário mais amplo que afeta a agricultura nacional.
Um dos principais fatores que contribuíram para essa elevação foi o aumento no custo das mudas para os produtores rurais. Esse acréscimo nos insumos obrigou os agricultores a repassarem o custo adicional aos consumidores. Júlio César Nogueira de Sá, produtor de morango em Atibaia, explica que os custos com adubos, defensivos e embalagens têm crescido ano a ano, tornando inevitável o aumento dos preços.
Além do morango, outros itens também sofreram aumentos significativos. O azeite, por exemplo, teve um aumento de 37%, influenciado por uma severa seca na Europa que afetou a produção de azeitonas.
Os desafios enfrentados pelos produtores de morango, em especial, destacam a sensibilidade do setor agrícola a variações de custo e condições climáticas. O cenário para 2024 ainda é incerto, mas o que fica claro é a necessidade de soluções sustentáveis para garantir a estabilidade dos preços e a segurança alimentar no país.
Aumento em outros itens básicos
Além do azeite, o preço do arroz chama atenção, com um aumento de 24%. Assim como o azeite, o aumento é resultado de condições climáticas adversas, como a seca no Rio Grande do Sul e chuvas e ciclones que impactaram a colheita.
Apesar desses aumentos pontuais, a inflação de alimentos apresentou uma desaceleração de 2022 para 2023. Produtos como carnes e óleo de soja, que foram grandes vilões durante a pandemia, tiveram suas cotações reduzidas, ajudando a amenizar o impacto inflacionário geral.