O mercado financeiro respondeu rapidamente à notícia de que a Gol Linhas Aéreas passa por dificuldades. A empresa poderá solicitar recuperação judicial nos Estados Unidos em um mês. Com uma dívida de R$ 20,2 bilhões, quatro vezes seu Ebitda, a companhia aérea procura estratégias para gerenciar suas finanças. Essa informação causou queda imediata nas ações da Gol na manhã de segunda-feira (15/01).
No início do dia, os papéis da Gol já demonstravam instabilidade, com uma desvalorização de 8,82%, cotadas a R$ 6,93. Esse declínio não apenas reverteu os ganhos de 22,21% obtidos no ano anterior, mas também influenciou negativamente as ações da Azul Linhas Aéreas, que registraram queda de 1,50%. No entanto, ao final do dia desta segunda-feira, perto das 18h, houve uma leve recuperação nas ações da Gol, atingindo R$ 7,14, ainda representando uma baixa de 6,05%.
Assim como a própria Gol, a desvalorização afetou também a rival Azul (AZUL4), cujas ações tiveram uma queda de 1,50%, sendo negociadas a R$ 13,76 na mesma ocasião. No ano anterior, os papéis da Azul haviam registrado um aumento de 45,41%.
Cenário demonstra cautela
Os investidores demonstram cautela com a possibilidade de recuperação judicial da Gol, pois isso indica problemas financeiros. A recente reestruturação de empresas como a Latam Airlines e a renegociação de dívidas da Azul reforçam essa percepção. Assim, a situação da Gol espelha os desafios do setor aéreo como um todo.
A queda das ações da Gol e seu efeito sobre a Azul e o Ibovespa mostram como o mercado reage a notícias financeiras e estratégicas. Os investidores estão preocupados com a saúde financeira das aéreas e os impactos nos seus investimentos.
