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Aos 470, São Paulo encara oportunidades e desejos de ir embora

Pesquisa revela que maioria dos paulistanos quer deixar a cidade.
São Paulo oportunidades
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil).

São Paulo, a maior metrópole do Brasil, celebra seus 470 anos com um paradoxo: apesar de ser um centro de oportunidades, a maioria dos seus 11,5 milhões de habitantes deseja partir. Conforme a Rede Nossa São Paulo, 60% dos moradores expressam esse desejo, um número que se mantém estável desde 2009.

Desafios urbanos e qualidade de vida

Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede, explica que São Paulo é uma metrópole global com inúmeras virtudes, como trabalho, cultura e educação. No entanto, muitos moradores enfrentam desafios como trânsito intenso, dificuldades de habitação e violência. A média de tempo gasto no trânsito é de duas horas e meia por dia, impactando significativamente a qualidade de vida.

A solução, segundo Abrahão, reside na democratização e na participação popular nas decisões políticas da cidade. Ele enfatiza a importância do envolvimento político para a redução das desigualdades e a descentralização urbana. Apesar disso, a pesquisa indica que 65% dos paulistanos preferem não participar da política municipal, com apenas 8% demonstrando grande interesse.

Este distanciamento político, alerta Abrahão, pode abrir espaço para políticas ineficazes. Por outro lado, o desejo de participação de cerca de 1 milhão de pessoas é uma oportunidade para a Câmara dos Vereadores e a prefeitura criarem espaços de participação popular, considerando essas vozes nas tomadas de decisão.

Perspectivas e prioridades dos paulistanos

A pesquisa, realizada em dezembro de 2023 com 800 pessoas, mostra também que 30% veem melhorias na qualidade de vida na cidade, enquanto 47% a consideram estável e 22% piorada. A geração de empregos é vista como prioridade por 68% dos entrevistados, seguida pela redução das desigualdades sociais e o combate ao preconceito.

Apenas 17% avaliam a administração municipal como boa ou ótima, e 74% acreditam que a prefeitura investe pouco em seus bairros. A percepção sobre a Câmara dos Vereadores é baixa, com apenas 9% de avaliações positivas. Estes dados refletem a urgência de uma maior conexão entre os moradores e as políticas públicas na cidade de São Paulo.

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