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Luciano Hang condenado a pagar R$ 85 milhões

Havan e Luciano Hang foram condenados a pagar R$ 85 milhões por forçar empregados a apoiarem Bolsonaro em 2018.
Luciano Hang na Câmara dos Deputados (Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados)

Luciano Hang e as lojas Havan receberam uma condenação para pagar mais de R$ 85 milhões. A justificativa da justiça é que o empresário coagiu os empregados a votarem em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, proferiu a sentença. Entretanto, é importante ressaltar que a decisão está sujeita a recurso, e o processo prossegue em segredo de Justiça.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou a ação civil pública, alegando que Hang realizou campanhas pró-Bolsonaro e forçou os colaboradores a participarem de eventos cívicos promovidos pela Havan.

Em resposta, a assessoria de Hang criticou a decisão judicial, a chamando de “descabida e ideológica”. De acordo com eles, perícias nomeadas pela Justiça do Trabalho na época não encontraram evidências de irregularidades. A assessoria ressaltou que a denúncia não partiu dos funcionários, mas sim de agentes públicos com envolvimento político e sindicatos.

Luciano Hang enfatizou que está tranquilo e que irá recorrer da decisão, reafirmando que nada de errado foi feito e que isso já havia sido comprovado anteriormente. “Ainda acreditamos na Justiça brasileira”, concluiu.

Eleições 2018

No decorrer das eleições de 2018, o desembargador do Trabalho Gilmar Cavalieri, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), manteve a decisão de primeira instância que proibiu a Havan e Luciano Hang de influenciarem o voto dos funcionários. Além disso, a 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis determinou que a empresa afixasse a decisão nos murais de avisos das lojas.

Ainda, proibiu pesquisas de intenção de voto entre os colaboradores. A mesma decisão também proibiu manifestações a favor ou contra qualquer candidato com o intuito de pressionar ou coagir os trabalhadores a seguir a preferência do empregador.

Nas eleições, Bolsonaro se tornou presidente do Brasil, após se apresentar como um político outsider e defender o antipetismo e o antiesquerdismo. Ele obteve mais de 57 milhões de votos (55,13% dos votos válidos) contra os 47 milhões de votos (44,87% dos votos válidos) do petista Fernando Haddad (PT), com quem disputou o segundo turno.

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