A reviravolta econômica do Japão tem sido um dos tópicos mais discutidos no cenário financeiro global, com o país caindo para a quarta posição na economia mundial, ultrapassado pela Alemanha. Confira as três coisas que fizeram o Japão deixar de ser a terceira economia mundial.
A Desvalorização do Iene
A reviravolta econômica do Japão teve como um de seus vetores a expressiva desvalorização do iene frente ao dólar americano. Essa queda, apesar de inicialmente favorecer as exportações do país, acabou por impactar negativamente a economia como um todo. A introdução de taxas de juro negativas pelo Banco do Japão visava estimular o consumo e o investimento, mas também contribuiu para tornar o iene menos atraente aos olhos dos investidores internacionais, afetando sua valorização.
Queda na Demanda
Um dos golpes mais duros na economia veio do declínio na demanda interna. A recessão foi agravada pelo consumo privado fraco, vital para a atividade econômica do país, que viu uma queda de 0,2%. O aumento nos custos de vida e temperaturas elevadas influenciaram negativamente os hábitos de consumo, como a redução nas saídas para refeições e compras de vestuário. Somado a esses fatores, o investimento das empresas mostrou retração, refletindo a cautela em meio a um cenário econômico instável. É o terceiro trimestre consecutivo que o consumo privado e as despesas de capital se contraem, o que também contribuiu para o arrefecimento da economia.
Enfrentando o envelhecimento populacional
Um desafio de longo prazo que continua a pressionar a economia japonesa é o seu envelhecimento populacional acelerado. Com um terço de sua população com mais de 65 anos, o Japão se depara com uma força de trabalho em diminuição, ao mesmo tempo que as demandas por serviços de saúde e pensões aumentam. A baixa taxa de natalidade exacerba essa questão, contribuindo ainda mais para as dificuldades econômicas.
A retrocesso do PIB japonês reforça a importância de adaptações estratégicas e inovações para superar esses obstáculos econômicos e demográficos. A situação econômica do Japão não apenas altera a classificação global das maiores economias, mas também evidencia a importância de políticas econômicas ágeis e eficazes em resposta a mudanças rápidas no cenário global.
O ministro da economia Yoshitaka Shindo, declarou a agência de notícias Kyodo News que “A ultrapassagem do Japão pela Alemanha mostra que é imperativo promovermos reformas estruturais e criarmos uma nova fase de crescimento”. E também destacou que implementará medidas políticas para aumentar os salários dos trabalhadores.