Nos últimos anos, o ramo da moradia no Brasil tem passado por transformações importantes, conforme apontam os dados mais recentes do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a maioria da população brasileira residia em casas, representando 84,8% do total, enquanto 12,5% viviam em apartamentos.
O aumento no número de apartamentos é observado em todo o país, especialmente nos grandes centros urbanos, em resposta ao adensamento populacional, como explica Bruno Perez, analista da pesquisa. A tendência é nacional, evidenciada em todas as regiões do Brasil.
Ao analisar as unidades da federação, o Censo revelou variações. Por exemplo, o Piauí lidera em proporção de população residindo em casas, enquanto o Distrito Federal se destaca pelo alto percentual de moradores em apartamentos.
É interessante notar que, apesar do crescimento no número de apartamentos, apenas três municípios brasileiros apresentaram predominância dessa modalidade de moradia. Santos (SP), Balneário Camboriú (SC) e São Caetano do Sul (SP) são exemplos únicos, cada um com suas particularidades.
Santos, por exemplo, é uma cidade onde a parte urbana já está completamente ocupada, impulsionando a verticalização como forma de expansão. Balneário Camboriú, por sua vez, tem visto um aumento no número de arranha-céus, reflexo da intensa atividade imobiliária e do turismo na região. Enquanto isso, São Caetano do Sul, inserido na Região Metropolitana de São Paulo, segue a tendência de áreas adensadas e com verticalização considerável.
Os dados refletem não apenas mudanças na estrutura urbana, mas também as dinâmicas socioeconômicas e culturais em curso no país. O Censo Demográfico continua sendo uma ferramenta fundamental para compreender essas transformações e orientar políticas públicas voltadas para o desenvolvimento urbano e social.
O percentual de municípios com maior número apartamentos
# | Município | Porcentagem |
---|---|---|
1 | Santos (SP) | 63,45 |
2 | Balneário Camboriú (SC) | 57,22 |
3 | São Caetano do Sul (SP) | 50,77 |
4 | Vitória (ES) | 45,4 |
5 | Porto Alegre (RS) | 42,36 |
6 | Viçosa (MG) | 41,68 |
7 | São José (SC) | 41,05 |
8 | Niterói (RJ) | 40,2 |
9 | Itapema (SC) | 38,76 |
10 | Florianópolis (SC) | 38,64 |