Empresas familiares são vitais para a economia da América Latina, representando 75% das empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão e contribuindo com 60% do PIB regional. Segundo a INSEAD, essas organizações são cruciais para muitos mercados, mas enfrentam o desafio de ultrapassar quatro ou cinco gerações.
Força das empresas familiares
No Brasil, as 10 empresas familiares mais influentes geraram receitas combinadas superiores a US$ 245,9 bilhões, conforme dados da EY e da Universidade de St. Gallen. A JBS e a América Móvil lideram em receita, demonstrando a importância dessas empresas no cenário econômico latino-americano.
Política de longevidade
A Magazine Luiza oferece um exemplo de como manter a longevidade empresarial, com Luiza Helena Trajano enfatizando a importância dos princípios organizacionais e a liderança exemplar da família.
Diversificação e sucesso
Empresas como a Femsa, do México, mostram como a diversificação de investimentos contribui para o sucesso e a expansão, com a família Garza transformando uma cervejaria fundada em 1890 numa gigante global do engarrafamento de Coca-Cola.
Desafio da sucessão
A Alquería, produtora de leite colombiana, exemplifica a evolução e modernização necessárias para sobreviver através das gerações, desde a pasteurização do leite até a inovação em embalagens.
O papel dos Family Offices
Martin Roll destaca a tradição e o compromisso das empresas familiares latino-americanas com a sociedade, mas aponta o nepotismo e a necessidade de planejamento de sucessão como desafios únicos na região. A gestão profissional e a educação das novas gerações são fundamentais para a continuidade e a resiliência dessas empresas.
As empresas familiares na América Latina enfrentam desafios significativos, desde manter a relevância e a lucratividade até abordar a internacionalização e adaptar-se à tecnologia. O sucesso dessas empresas depende da capacidade de incorporar novas gerações e promover uma cultura de liderança que preserve o legado familiar enquanto inova e expande globalmente.