O Bitcoin (BTC) alcançou um novo patamar no final de fevereiro. A moeda teve um aumento de quase 46% durante o mês, superando o desempenho do S&P 500, uma das referências de Wall Street, que teve um ganho de apenas 6% no mesmo período.
Durante o fim de semana, os negociantes estabeleceram o BTC em torno de US$ 62 mil, ou seja, um nível não visto desde novembro de 2021, quando atingiu um marco histórico de US$ 69 mil. Analistas estão confiantes de que o bitcoin continuará crescendo nos próximos meses. Portanto, a deve alcançar novos patamares e até mesmo chegar à marca de US$ 100 mil até o final deste ano.
Fernando Pereira, analista da Bitget, destacou que o otimismo impulsionou devido à proximidade do próximo halving do Bitcoin. O evento ocorre aproximadamente a cada quatro anos e reduz pela metade as recompensas recebidas pelos mineradores. O próximo halving está previsto para meados de abril. Então, ele afirmou que essa valorização já era esperada devido aos fortes aumentos que precederam halvings anteriores.
Desde a última baixa em dezembro de 2022, quando atingiu US$ 16 mil, o BTC teve uma valorização de cerca de 300%. O aumento é comparável aos períodos de recuperação após as quedas de 2016 e 2020. No entanto, Fernando Pereira observa que, desta vez, a alta pós-halving pode ser menor, considerando o crescimento contínuo da capitalização de mercado do bitcoin.
O analista projeta que o BTC possa atingir a marca de US$ 100 mil após o próximo halving, o que representaria um aumento de 525% em relação à baixa registrada no final de 2022.
Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos
Além disso, a autorização da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para a negociação dos primeiros ETFs (Exchange-Traded Funds) indexados à criptomoeda impulsionou o recente rali do bitcoin. Isso aumentou a visibilidade do bitcoin e atraiu mais investidores, sendo assim, contribuiu para o aumento de seu valor.
Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, também destaca que o bom desempenho dos mercados tradicionais, como o S&P 500, tem impulsionado o bitcoin. “Com o mercado norte-americano se saindo bem, mesmo com preocupações sobre a inflação, o bitcoin continua subindo“, afirma.