A Oi (OIBR3), atualmente em processo de recuperação judicial, anunciou nesta quarta-feira (13) avanços nas negociações com seus credores. A operadora comunicou ter firmado acordos de confidencialidade com representantes de importantes segmentos de sua dívida, incluindo detentores de 10%/12% Senior PIK Toggle Notes com vencimento em 2025 e credores vinculados a Agências de Crédito à Exportação (ECAs), além dos titulares de Senior Secured Superpriority Post-Petition Notes com vencimento em 2024, conhecidas como Notas DIP.
Na sequência da Assembleia Geral de Credores, iniciada no dia 5 de março e pausada até 25 de março de 2024, a Oi e seus consultores jurídicos e financeiros promoveram rodadas de discussões com os credores. O objetivo desses encontros foi o de avançar a Reestruturação Financeira proposta pela empresa.
De acordo com a nota divulgada pela operadora, os termos mais recentes da proposta de reestruturação foram apresentados aos credores, permanecendo, no entanto, em aberto as negociações. A companhia reforçou que ainda não se alcançou um consenso definitivo sobre os termos do plano de recuperação.
A empresa reitera seu compromisso em prosseguir com as negociações, visando alcançar uma solução equilibrada e satisfatória para todas as partes envolvidas. A Oi também destacou a importância de encontrar um terreno comum que permita superar os desafios impostos pela sua atual situação financeira.
A Assembleia de Credores é um marco importante no processo de recuperação judicial da Oi, refletindo a complexidade das negociações necessárias para a reestruturação de suas dívidas. A busca por um acordo que satisfaça tanto a companhia quanto seus credores é fundamental para definir o futuro da operadora no mercado de telecomunicações.
Processo de recuperação judicial da Oi
A Oi formalizou seu segundo pedido de recuperação judicial, registrando uma dívida total de R$ 43,7 bilhões, incluindo R$ 1 bilhão em dívidas trabalhistas. Esse novo pedido ocorreu menos de três meses após o encerramento da primeira recuperação judicial da empresa, em dezembro de 2022. A empresa afirmou que a medida é a mais adequada para o momento e que há negociações em andamento com credores.
A Oi, que já foi uma das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil, enfrenta o primeiro processo de recuperação judicial em 2016, trabalhando intensamente para reorganizar sua estrutura financeira e garantir a continuidade de suas operações.
