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Casas Bahia registra prejuízo de R$ 1 bilhão no 4T23

Perdas contábeis ampliam desafios financeiros da empresa

Grupo Casas Bahia
(Imagem: divulgação/Casas Bahia)
Grupo Casas Bahia
(Imagem: divulgação/Casas Bahia)

Casas Bahia registrou um prejuízo contábil considerável no último trimestre, totalizando R$ 1 bilhão. Um aumento em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando as perdas foram de R$ 163 milhões.

Segundo a empresa, o prejuízo líquido, excluindo efeitos não recorrentes, atingiu R$ 564 milhões no último trimestre. Assim, representando um aumento em relação aos R$ 372 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, utilizando o mesmo critério.

O Ebitda ajustado contábil foi de R$ 163 milhões no último trimestre, uma queda em relação aos R$ 629 milhões registrados no ano anterior. Desconsiderando os efeitos não recorrentes, o Ebitda do último trimestre foi de R$ 276 milhões, comparado a R$ 312 milhões um ano antes.

O resultado financeiro líquido contábil foi negativo em R$ 734 milhões, ou seja, um aumento em relação às perdas de R$ 641 milhões no mesmo período do ano anterior. Excluindo os efeitos não recorrentes, as perdas foram de R$ 711 milhões, comparadas a R$ 641 milhões um ano antes.

A receita líquida contábil alcançou R$ 7,414 bilhões, em comparação com os R$ 8,845 bilhões registrados um ano antes. Desconsiderando os efeitos não recorrentes, a receita foi de R$ 7,519 bilhões, contra R$ 8,525 bilhões do ano anterior.

O lucro bruto sofreu uma queda de 21,2%, atingindo R$ 2,046 bilhões, com a margem bruta em 27,6%, representando uma queda de 1,7 ponto percentual.

As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1,944 bilhão, uma redução de 4,2%. A linha do balanço correspondeu a 26,2% da receita líquida, comparada a 23% do mesmo período do ano anterior.

Dívidas 

Em relação às dívidas, a empresa encerrou o último trimestre com um endividamento bruto de R$ 3,982 bilhões e uma posição de caixa, aplicações, cartões de crédito, antecipação e outros de R$ 3,580 bilhões. Como resultado, o caixa líquido ajustado ficou negativo em R$ 403 milhões, enquanto um ano antes era positivo em R$ 2,016 bilhões. A relação entre caixa líquido ajustado sobre Ebitda ajustado foi de -0,3 vez, em comparação com 0,8 vez um ano antes.

Do endividamento total, 59% estavam no curto prazo, em comparação com 42% um ano antes, enquanto o endividamento total de longo prazo representava 41% no último trimestre, em comparação com 58% do mesmo período do ano anterior.

Portanto, a Casas Bahia informa que, no primeiro trimestre de 2024 realizou um alongamento do perfil da dívida no valor de R$ 1,5 bilhão, com prazo de 3 anos ao custo de CDI + 4% a.a. e carência de 18 meses. Após essa rolagem de dívida, prevê-se que 69% da dívida esteja no longo prazo, em comparação com 41% apresentados no último trimestre de 2023. O próximo resultado, referente ao primeiro trimestre de 2024, deve ser divulgado até o final de maio.