O grupo Kempinski, com 125 anos de tradição na hotelaria de luxo europeia, planeja inaugurar seu primeiro empreendimento no Brasil até meados de 2026. A escolha pela região da Serra Gaúcha, mais precisamente a cidade de Canela, ao lado de Gramado, visa explorar o potencial do turismo de aventura e enogastronomia. A rede alemã, que nasceu em 1897, vê o Brasil como um mercado promissor para a expansão de suas operações globais.
Reforma e ampliação do Laje de Pedra
A iniciativa marca a retomada do histórico hotel Laje de Pedra, conhecido como o primeiro cinco estrelas do Rio Grande do Sul, fechado em 2020. O projeto inclui uma reforma completa e expansão das instalações existentes, visando transformar o local em um ponto de referência do turismo de luxo no país. A reforma será conduzida pela construtora gaúcha MCW Engenharia, englobando não apenas os quartos e áreas comuns, mas também a adição de novas edificações.
Parceria e investimento estratégico
O investimento do grupo Kempinski no projeto foi viabilizado por meio de uma parceria estratégica com investidores brasileiros, incluindo a aquisição do complexo hoteleiro por R$ 52 milhões do Grupo Habitasul. A gestão suíço-alemã enxergou uma oportunidade única nas características naturais e históricas do Laje de Pedra, decidindo investir no mercado brasileiro de luxo em um momento de incertezas para o setor hoteleiro mundial.
Visão de futuro e expansão
Além do projeto na Serra Gaúcha, o grupo Kempinski já planeja a abertura de uma unidade no litoral do Nordeste, apostando em locais com paisagens únicas e potencial para atrair um público exigente. Nos próximos sete a nove anos, o objetivo é estabelecer duas a três unidades no Brasil, consolidando a presença da rede no mercado de luxo nacional.
Contribuição cultural e econômica
O projeto do Kempinski Laje de Pedra promete não só revitalizar um ícone da hotelaria gaúcha, mas também impulsionar o turismo de luxo na região, atraindo eventos de grande porte e contribuindo para a economia local. O hotel busca integrar elementos da cultura gaúcha, valorizando a rica história e natureza da região, conhecida por sua beleza natural e patrimônios culturais.
Modelo de propriedade compartilhada
O empreendimento funcionará sob um modelo de compartilhamento de propriedade, oferecendo aos coproprietários o direito de uso por 13 semanas ao ano. Essa abordagem inovadora visa oferecer uma opção de segunda residência compartilhada, combinando a flexibilidade da multipropriedade com a exclusividade de um serviço hoteleiro de padrão internacional.