Após uma liberação temporária de 4 anos em resposta à pandemia de Covid-19, a Anvisa determina o fim da venda do álcool líquido 70% no Brasil, sinalizando uma volta às políticas anteriores voltadas para a prevenção de acidentes domésticos. Esta decisão reflete as preocupações com a alta inflamabilidade do produto e seu histórico de causar acidentes, especialmente em casas com crianças.
Esgotamento de estoques e alternativas disponíveis
Os estabelecimentos comerciais têm até o dia 30 de abril para esgotar seus estoques, antes que a proibição entre em vigor de maneira integral. Enquanto o álcool líquido é vetado, a versão em gel do produto permanece liberada para venda, oferecendo uma alternativa segura para a desinfecção e limpeza doméstica.
Histórico de acidentes e medidas preventivas
A proibição inicial do álcool líquido em 2002 foi motivada por um alto índice de acidentes, que afetavam milhares de brasileiros anualmente, muitos dos quais eram crianças. A liberação da venda do álcool líquido durante a pandemia foi uma decisão tomada para ajudar nas medidas de prevenção contra a covid-19. Agora, a liberação foi revertida em nome da segurança pública.
Opiniões divididas
A decisão da Anvisa gerou reações mistas. Enquanto profissionais da química apoiam o retorno à proibição, destacando a equivalência da eficácia entre o álcool líquido e o gel, entidades como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) argumentam contra, citando a preferência dos consumidores pelo produto líquido devido ao seu custo-benefício.
Priorizando a segurança
A proibição do álcool líquido 70% reflete um compromisso com a segurança dos cidadãos, priorizando a prevenção de acidentes domésticos. Segundo a Sociedade Brasileira de queimaduras (SBQ), cerca de um milhão de casos anuais envolvem acidentes com álcool no Brasil, sendo 300 mil deles com crianças menores de 12 anos. Embora a decisão possa desapontar alguns consumidores, ela enfatiza a importância de utilizar alternativas seguras, como o álcool em gel, e outros produtos de limpeza aprovados pela Anvisa.