Elon Musk, proprietário do X, conhecido anteriormente como Twitter, causou agitação na noite de domingo (7) ao sugerir em um post na plataforma que os usuários recorressem a uma VPN (rede privada virtual, em português) para acessar a plataforma em caso de bloqueio por ordens judiciais.
O mecanismo da VPN permite que os usuários naveguem na internet sem que o provedor de acesso possa rastrear a localização da conexão.
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Com as recentes medidas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que podem resultar na proibição do X no Brasil, Elon Musk fez uma série de postagens nos últimos dois dias contra o magistrado.
O empresário pediu a renúncia ou impeachment do ministro do STF, alegando que as exigências violam a legislação brasileira.
Contas bloqueadas
No sábado (6), o empresário anunciou que liberaria contas na rede social que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais, o que pode beneficiar diversos influenciadores e expoentes do bolsonarismo, incluindo Luciano Hang, da Havan; Allan dos Santos, blogueiro; Daniel Silveira, ex-deputado cassado; Monark, youtuber; e Oswaldo Eustáquio, também blogueiro.
Elon Musk alega que as multas aplicadas pelo ministro estão prejudicando a receita da rede social no Brasil e ameaçou fechar o escritório do X no país como resultado.
Neste domingo (7), o magnata americano afirmou que a empresa publicará em breve tudo o que é exigido pelo ministro, buscando provar como os pedidos desrespeitam a legislação brasileira.
As declarações de Elon Musk ocorrem após a divulgação do “Twitter Files Brazil”, que menciona supostos documentos internos do Twitter mostrando parcialidade nos conteúdos impulsionados pela rede.
Início
O tema voltou à tona na última quarta-feira (3), quando o jornalista Michael Shellenberger postou críticas a Alexandre de Moraes no “Twitter Files Brazil”, composto por prints de e-mails que seriam de um ex-executivo do Twitter.
O jornalista acusou o ministro de exigir que o Twitter revelasse detalhes pessoais sobre usuários, censurar postagens de parlamentares brasileiros e usar as políticas de moderação de conteúdo contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A plataforma X aguarda instruções da sede nos Estados Unidos sobre como proceder juridicamente em relação às recentes decisões do ministro do STF, que incluem a abertura de um inquérito contra Elon Musk e a imposição de multas diárias caso as medidas judiciais não sejam respeitadas.
Alexandre de Moraes também pediu a inclusão de Elon Musk como investigado em um inquérito existente sobre milícias digitais.