Na disputa global pela supremacia tecnológica, a Coreia do Sul anunciou um investimento de US$ 7 bilhões em inteligência artificial, com o objetivo de manter sua liderança no desenvolvimento de semicondutores avançados. Este movimento estratégico é uma resposta direta aos esforços de nações concorrentes como Estados Unidos, China e Japão, que também estão intensificando seus investimentos para fortalecer suas indústrias de chips.
Um alicerce econômico vital
Os semicondutores representam um pilar essencial da economia sul-coreana, contribuindo para o volume de exportações do país. Em março, as exportações de chips atingiram um pico de 21 meses, chegando a US$ 11,7 bilhões, ou quase um quinto do total de exportações da quarta maior economia da Ásia.
Uma “Guerra Industrial” em curso
O presidente Yoon Suk Yeol destacou a intensidade da competição no setor de semicondutores, descrevendo-a como uma “guerra industrial e uma guerra total entre nações“. Com este investimento, a Coreia do Sul visa expandir sua capacidade em pesquisa e desenvolvimento, especialmente em chips de IA como unidades de processamento neural artificial (NPUs) e chips de memória de última geração.
Futuro da tecnologia
Além da inovação em hardware, o plano de investimento também contempla o desenvolvimento de inteligência geral artificial (AGI) e tecnologias de segurança avançadas. Com estas ações, a Coreia do Sul aspira a se consolidar entre os três principais países em tecnologia de IA e conquistar uma participação de mercado de 10% ou mais em semicondutores de sistema até 2030.
Uma Nova Era para Semicondutores
Esta iniciativa marca o início de um novo capítulo na indústria de semicondutores, com a Coreia do Sul liderando a transição para a próxima geração de chips de IA. Ao investir em tecnologia de ponta e inovação, o país não apenas reforça sua posição econômica global, mas também pavimenta o caminho para avanços significativos no mundo da tecnologia.
EUA e China na luta pela superioridade em semicondutores
A expansão da produção de semicondutores nos Estados Unidos não apenas visa recuperar a participação de mercado perdida desde 1990, mas também é uma estratégia para conter os avanços da China nesse setor. Atualmente, Taiwan domina a fabricação de semicondutores avançados, essenciais para a segurança tanto dos EUA quanto da China. Este cenário serve de pano de fundo para “Chip War”, livro que destaca a importância dos semicondutores no cenário global e as consequências potenciais da autonomia da China na produção desses componentes.