Na quinta-feira (02/05), o Grupo Pão de Açúcar (GPA) anunciou a venda de sua sede administrativa, localizada na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, em São Paulo, por R$ 218 milhões. Esta operação faz parte de uma estratégia mais ampla de desalavancagem financeira que a companhia iniciou em 2023.
Detalhes da operação
A venda foi estruturada como uma operação de Sale and Leaseback, onde o GPA vendeu a propriedade, mas continuará a ocupá-la como inquilino. A transação incluiu apenas a torre administrativa, por R$ 109 milhões, com um contrato de locação estabelecido por um período inicial de 15 anos e uma taxa de capitalização de aproximadamente 9%. O restante da área anexa também foi vendido pelo mesmo valor.
Impacto financeiro da venda da sede do GPA
Do montante total da venda, 82% será recebido pelo GPA em 2024, com os 18% restantes pagos em parcelas até março de 2026. Esta venda é vista como um passo importante no plano da companhia para reduzir sua dívida líquida e fortalecer sua estrutura de capital.
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Compradores e condições
A parte compradora foi o fundo imobiliário Tellus Properties (TEPP11), que assumiu o compromisso de compra e passará a receber aluguel pelo imóvel. Além disso, um empresário local, Frederico von Ihering Azevedo, também participou da transação, refletindo a confiança no potencial do imóvel e na solidez do GPA como inquilino a longo prazo.
Reflexo no mercado
A operação foi bem recebida pelo mercado, com análises positivas destacando a capacidade do GPA de executar sua estratégia de monetização de ativos não essenciais. As ações experimentaram uma valorização na sessão anterior, crescendo 8,52% após o anúncio de um acordo tributário com o estado de São Paulo que diminuiu a dívida associada ao pagamento de ICMS. Os ativos mantiveram a tendência positiva, com um aumento adicional de 6,29% para R$ 3,38. Ao longo da semana, as ações do PCAR3 registraram um aumento de mais de 20%.