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Geldo Machado avalia impactos das decisões do Banco Central na Economia

Geldo Machado avalia Selic e o cenário da economia Brasileira.
Empresário Geldo Machado, presidente do SINFAC e do grupo financeiro ValorizeCred.

Sobre os ajustes delicados na política monetária brasileira, conversamos com Geldo Machado, ex-banqueiro, presidente do grupo financeiro ValorizeCred e do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring (SINFAC) para os estados do Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, para entender melhor as implicações das recentes decisões do Banco Central sobre a redução das taxas de juros e os desafios enfrentados pela economia do país.

Confira entrevista exclusiva:

ENB: Sr. Machado, qual é a sua visão sobre a recente decisão do Copom de reduzir o ritmo de queda dos juros de 10,75% para 10,5%?

Geldo Machado: A decisão reflete não apenas uma abordagem técnica, mas também as pressões políticas que o Banco Central enfrenta. É uma medida que, embora esperada pelo mercado, mostra como a política e a economia estão interligadas. Neste contexto, a necessidade de equilibrar crescimento econômico com estabilidade fiscal se torna ainda mais crítica.

ENB: Com a economia global enfrentando desafios, como você vê a posição do Brasil em comparação com países que enfrentam crises mais severas?

Geldo Machado: Enquanto nações como México, Rússia, Colômbia e Turquia lidam com crises econômicas profundas, o Brasil precisa adotar estratégias que assegurem tanto o controle da inflação quanto o desenvolvimento sustentável. Isso significa tomar decisões mais conservadoras sobre juros, refletindo divisões internas e influências políticas dentro do Copom.

ENB: Qual deve ser o papel do Banco Central neste cenário, e como as pressões políticas afetam suas decisões?

Geldo Machado: O Banco Central deveria agir com base em critérios técnicos rigorosos. No entanto, não podemos ignorar que as decisões são frequentemente influenciadas por interesses políticos, principalmente em períodos próximos a eleições. Isso pode levar a manipulações econômicas que visam benefícios de curto prazo, mas que são arriscadas para a saúde econômica do país a longo prazo.

ENB: Diante de desafios externos como tragédias climáticas, como o governo deve lidar com o equilíbrio fiscal?

Geldo Machado: As tragédias no sul do país exigem gastos extraordinários, o que aumenta nosso risco fiscal. É essencial que haja uma gestão cuidadosa para não sobrecarregar ainda mais uma economia já desafiada. Esses gastos são cruciais, mas devem ser balanceados com a necessidade de manter a estabilidade fiscal.

ENB: Como as recentes decisões de política monetária afetam o setor produtivo no Brasil?
Geldo Machado: O setor produtivo já sofre com uma das taxas de juros reais mais altas do mundo e condições de crédito caras. Cada decisão de política monetária tem um impacto direto. É vital que as reduções de juros sejam cuidadosamente consideradas para evitar soluções oportunistas que atendem apenas a interesses políticos momentâneos.

“As decisões do Banco Central refletem a complexidade da situação econômica atual, onde é crucial balancear necessidades econômicas com realidades políticas. Como empresário, vejo a importância de políticas econômicas bem fundamentadas, que priorizem o bem-estar a longo prazo do povo brasileiro, livre de manipulações políticas”, também destacou Geldo Machado.

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