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Eneva registra prejuízo de R$ 60,9 milhões no 1º trimestre

Queda na receita impacta resultado financeiro

Prejuízo da Eneva no 1T24. (Imagem: Divulgação/Shutterstock)
Prejuízo da Eneva no 1T24. (Imagem: Divulgação/Shutterstock)
Prejuízo da Eneva no 1T24. (Imagem: Divulgação/Shutterstock)
Prejuízo da Eneva no 1T24. (Imagem: Divulgação/Shutterstock)

A receita líquida da Eneva no 1° trimestre (entre janeiro e março) de 2024 foi de R$ 2 bilhões, um prejuízo de 18,5% em comparação aos R$ 2,4 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. As despesas operacionais somaram R$ 147,2 milhões, um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Resultados financeiros

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 1,08 bilhão, um recuo de 6,8% na comparação com os R$ 1,16 bilhão do primeiro trimestre de 2023. Segundo a Eneva, o Ebitda do primeiro trimestre do ano passado foi impulsionado por um impacto positivo de R$ 203,9 milhões referente à variação da marcação a mercado dos contratos de energia do segmento de comercialização. Excluindo esse efeito, o Ebitda consolidado teria apresentado um crescimento de R$ 126,7 milhões, ou 13,1%, na comparação anual.

Impacto da UTE Fortaleza e prejuízo da Eneva

No primeiro trimestre de 2024, a UTE Fortaleza não contribuiu para os resultados da Eneva, pois foi desligada em dezembro devido ao encerramento do seu contrato de venda de energia. A unidade permanece em hibernação enquanto a companhia avalia oportunidades para o ativo. A dívida líquida consolidada da Eneva no final do primeiro trimestre foi de R$ 17,4 bilhões, com uma relação dívida líquida/Ebitda nos últimos 12 meses de 4,1 vezes, comparado aos R$ 17,1 bilhões e alavancagem de 4 vezes no final do quarto trimestre do ano passado.

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Revisão dos limites de covenants

A Eneva ressaltou que, conforme a revisão dos limites máximos dos covenants vinculados à relação dívida líquida/Ebitda consolidada, aprovados em 2022 nas assembleias gerais de debenturistas, o limite máximo foi revisado para 5 vezes entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano, retornando para o limite máximo de 4,5 vezes a partir do terceiro trimestre, conforme originalmente previsto nas escrituras de emissão das debêntures.

Resultados financeiros negativos

O resultado financeiro líquido da Eneva foi negativo em R$ 707,1 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma elevação de 62,5% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2023. Essa variação negativa foi principalmente decorrente do impacto não caixa da variação cambial líquida negativa de R$ 102 milhões, frente ao resultado positivo de variação cambial de R$ 71,4 milhões no primeiro trimestre de 2023.

Produção e reservas de gás natural

A produção de gás natural da Eneva totalizou 0,26 bilhão de metros cúbicos (bcm) no primeiro trimestre de 2024, sendo 0,20 bcm no Complexo Parnaíba e 0,06 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão, direcionado ao suprimento da UTE Jaguatirica II. A empresa encerrou o primeiro trimestre com um total de reservas 2P de gás natural de 47,4 bcm, sendo 37,4 bcm na Bacia do Parnaíba e 10 bcm na Bacia do Amazonas.

Histórico

A Eneva é uma empresa brasileira que atua no setor de energia, sendo uma das principais operadoras de gás natural e geração térmica no país. Fundada em 2001, inicialmente com o nome MPX Energia, a companhia passou por diversas reestruturações e mudanças de nome até adotar a denominação Eneva em 2014. Atualmente, a Eneva é liderada pelo CEO Pedro Zinner.