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Enchentes não afetarão carteira do Banrisul, assegura CEO

Crédito deve crescer no RS, segundo CEO Fernando Lemos

Enchentes não afetarão carteira do Banrisul, assegura CEO
Fernando Lemos, presidente do Banrisul (Foto: Reprodução/SEEB Blumenau).
Enchentes não afetarão carteira do Banrisul, assegura CEO
Fernando Lemos, presidente do Banrisul (Foto: Reprodução/SEEB Blumenau).

O presidente do Banrisul (BRSR6), Fernando Guerreiro de Lemos, assegurou que as recentes enchentes no Rio Grande do Sul não devem causar impactos expressivos na carteira de crédito do banco. Durante uma teleconferência com analistas para discutir os resultados do primeiro trimestre de 2024, “Achamos que não vamos ter problemas que sacrifiquem excessivamente a nossa carteira”, declarou.

O estado sofreu com graves perdas humanas e danos à infraestrutura, catalisando a necessidade de reconstrução em diversos setores. “Vai ter muito investimento em relação à infraestrutura. O setor imobiliário vai crescer muito, assim como móveis, utensílios para casa, linha branca e material de construção. Precisamos ver quando será o timing, mas a gente percebe o segundo semestre mais alavancado (de crédito) no Rio Grande do Sul.”, disse Lemos.

Além disso, o CEO informou que as agências do banco estão funcionais, garantindo assim a continuidade do atendimento aos clientes. Reforçou, ainda, a implementação de medidas emergenciais para auxiliar durante a crise no estado, incluindo uma nova linha de capital de giro. “As empresas vão precisar de muito capital de giro. Já preparamos uma linha para que as pequenas e microempresas possam começar a se programar. São R$ 7 bilhões que serão alocados durante o ano para que elas tenham fôlego.”

 

Quanto à qualidade de crédito, a instituição espera manter sua estabilidade. A inadimplência teve um leve aumento, de 1,73% para 2,39% em comparação ao mesmo período do ano anterior, devido a ajustes na carteira de crédito consignado dos funcionários do estado.

O lucro do Banrisul no primeiro trimestre foi de R$ 187,6 milhões, uma redução de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, Lemos afirmou que as enchentes não adicionarão pressão extra sobre a carteira de crédito, especialmente entre os clientes funcionários públicos, que formam uma parcela substancial da base de clientes do banco e geralmente não têm sua renda afetada por tais crises. No segmento de crédito rural e no crédito para empresas, a maioria dos empréstimos é garantida por recebíveis.

Ao término de março, o Banrisul registrou uma carteira de crédito totalizando R$ 53,9 bilhões, um aumento de 7,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Deste montante, 48% correspondem a operações com pessoas físicas e 22% a crédito rural. Os empréstimos para pessoas jurídicas representam 16% e os créditos imobiliários, 11%.

Lemos mantém uma perspectiva positiva para os próximos trimestres, antecipando a continuação da reconstrução do estado e o consequente aumento na demanda por crédito.