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Nova presidente da Petrobras ganhará mais que Lula; saiba o valor

Engenheira volta à estatal após intervalo em que atuou no mercado como consultora

Magda Chambriard presidente da Petrobras
(Foto: Reprodução/Alerj).
Magda Chambriard presidente da Petrobras
(Foto: Reprodução/Alerj).

Magda Chambriard, engenheira com vasta experiência no setor de energia e petróleo, foi nomeada a nova presidente da Petrobras, após a saída de Jean Paul Prates. Ela assume o cargo com uma remuneração mensal de R$ 130 mil e bônus anuais que podem chegar a R$ 1,4 milhão. Esse valor supera a soma das remunerações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que recebem R$ 44.008,52 cada, conforme o Portal da Transparência.

Magda Chambriard retorna à Petrobras onde já serviu por 22 anos como funcionária de carreira. Antes de ser indicada para a presidência, ela operava sua própria consultoria, Chambriard Engenharia e Energia, e trabalhava na Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro desde 2021. Durante o governo de Dilma Rousseff, de 2012 a 2016, Chambriard foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), onde ganhava um salário mensal de R$ 12.388.

 

Contexto da nomeação

A nomeação de Chambriard segue a recente decisão do Conselho de Administração da Petrobras de não distribuir R$ 43,9 bilhões em dividendos extras, o que provocou uma forte queda nas ações da estatal e culminou na demissão de Jean Paul Prates. Na terça-feira (14) Prates deixou o cargo, após uma gestão marcada por debates intensos sobre a distribuição de lucros.

Qual foi o salário inicial de Jean Paul Prates?

Quando Jean Paul Prates foi aprovado pelo Departamento de Compliance da Petrobras para assumir a presidência da estatal, recebeu uma remuneração mensal inicial de R$ 116,7 mil, totalizando uma média anual de aproximadamente R$ 1,4 milhão. Esse pacote incluía benefícios como o 13º salário, gratificações natalina e de férias, além de plano de saúde e outros adicionais.

Sua chegada à presidência ocorreu logo após o governo de Jair Bolsonaro, com Caio Paes de Andrade deixando o cargo. A escolha de Jean foi parte de uma estratégia mais ampla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visando fortalecer a gestão da Petrobras com lideranças alinhadas às novas diretrizes políticas e econômicas do governo. Jean, que já tinha uma carreira consolidada no setor de Minas e Energia e era um defensor ativo de práticas sustentáveis e políticas de transição energética, foi bem recebido por entidades do setor, incluindo a Federação Única dos Petroleiros.