Após o prefeito de Gramado, Nestor Tissot, afirmar em uma reunião virtual com líderes gaúchos na última quarta-feira (21) que houve o fechamento de 300 hotéis e 250 restaurantes em consequência das chuvas, o secretário de Turismo, Ricardo Bertolucci Reginato, corrigiu essa informação. Reginato explicou que eram mais uma “força de expressão” do que dados reais.
Impacto das chuvas e reabertura
Reginato detalhou que, apesar das chuvas terem impactado algumas áreas, as principais atrações turísticas, como a Igreja Matriz, o cinema, o Lago Negro e a Avenida Borges de Medeiros, permanecem operacionais. Ele também informou que a grande maioria dos estabelecimentos que ainda estão fechados deverá reabrir no próximo fim de semana ou durante o feriado de Corpus Christi.
Segundo o Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias, atualmente cerca de 10% dos hotéis estão fechados. Isso representa aproximadamente 20 das mais de 200 hospedagens disponíveis na cidade.
Durante o pico das chuvas, há duas semanas, várias estradas de acesso a Gramado e à Serra Gaúcha estavam bloqueadas. Isso levou alguns hotéis e restaurantes a anteciparem férias de seus funcionários ou a fecharem temporariamente. A falta de turistas e a incerteza do momento motivaram essas decisões.
No entanto, Reginato salientou que já restabeleceram as rotas de acesso à cidade, incluindo a Rota Romântica e os caminhos desde Caxias do Sul e o litoral. Esperam também que a expansão da malha aérea impulsione o fluxo de visitantes.
Retomada do turismo
Gramado é o principal destino turístico do Rio Grande do Sul e tem a maior rede hoteleira do estado. Com 216 meios de hospedagem e 227 restaurantes, a cidade recebeu mais de 8 milhões de visitantes em 2023. Além disso, o turismo emprega diretamente mais de 10 mil pessoas em uma população de 40 mil habitantes.
A declaração inicial do prefeito sobre o fechamento total dos estabelecimentos turísticos causou uma onda de cancelamentos de reservas. Por isso, o secretário enfatizou a necessidade de retomar o turismo para evitar uma segunda crise social e contribuir para a recuperação econômica do estado.