A Aura Minerals, mineradora de ouro e cobre no Brasil, México e Honduras, relatou um aumento em seu EBITDA no primeiro trimestre de 2024. Esse crescimento decorre da expansão na produção, redução de custos e aumento no preço do ouro. No período, a mineradora produziu 68 mil onças equivalentes de ouro, um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Com isso, a estabilização das operações em Honduras e a entrada em operação do projeto Almas, no Tocantins, contribuíram para esses resultados.
Perfuração e investimentos
Nos próximos 12 meses, a Aura Minerals planeja investir aproximadamente US$ 1,6 milhão em 13 mil metros de perfuração para confirmar o potencial dos projetos Pé Quente e Pezão. Esses investimentos são parte da estratégia de expansão do projeto Matupá, no Mato Grosso. Nesse sentido, os trabalhos de prospecção anteriores incluíram perfurações de 12 mil metros em Pé Quente e 9 mil metros em Pezão, indicando um potencial para a região.
Novas aquisições
Além disso, na última quarta-feira (22), a Aura Minerals anunciou a aquisição dos direitos de exploração dos projetos Pé Quente e Pezão, ambos no estado do Mato Grosso. De tal modo, a aquisição foi feita por meio da subsidiária Aura Matupá, com um pagamento inicial de US$ 500 mil. Assim, caso os estudos confirmem o potencial, a companhia desembolsará mais US$ 9,5 milhões para concluir a compra.
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Potencial do Projeto Matupá
Segundo Rodrigo Barbosa, presidente da Aura, o projeto Matupá tem potencial para adicionar quase 1 milhão de onças em recursos e reservas minerais. Além disso, se os estudos confirmarem a viabilidade dos projetos Pezão e Pé Quente, esses poderão adicionar 627 mil onças ao projeto Matupá. Nesse sentido, a construção de Matupá está prevista para começar no terceiro trimestre deste ano, com um investimento de US$ 107 milhões e uma produção anual de 54,7 mil onças nos quatro primeiros anos.
Expansão e consolidação
A Aura Minerals planeja continuar sua estratégia de expansão e consolidação na região. A empresa busca aumentar suas reservas e recursos conhecidos nas áreas onde já atua. De tal modo, com US$ 200 milhões em caixa ao fim do primeiro trimestre, a mineradora tem recursos suficientes para financiar seus planos de expansão. Analogamente, o rali dos preços do ouro e do cobre, com o ouro atingindo US$ 2.340 a onça e o cobre US$ 4,070 a libra, também tem beneficiado a Aura.
Contexto histórico
Além disso, o contexto geológico da Província Aurífera de Alta Floresta, onde estão localizados os projetos Pé Quente e Pezão, tem histórico de produção significativa de ouro. Nesse sentido, entre as décadas de 80 e 90, mineradoras de menor porte produziram cerca de 5 milhões de onças na região.
Rodrigo Barbosa destacou, por fim, a importância dessa área para a Aura: “Nossa estratégia é agregar novas áreas, sabendo que há um grande potencial de consolidação”.