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Número de empresas em recuperação judicial cresce 97,8% em abril

Micro e pequenas empresas lideram pedidos

Calculadora - Recuperação judicial
(Imagem: Pixabay)

Em abril, o número de pedidos de recuperação judicial chegou ao maior nível em seis anos, com 184 empresas solicitando proteção judicial. O aumento foi registrado pelo Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, superando os 183 pedidos de março e representando um crescimento de 97,8% em comparação com abril de 2023.

Apesar da redução na taxa Selic iniciada pelo Banco Central em agosto, as empresas ainda enfrentam dificuldades devido aos altos juros. Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, ressalta que a inadimplência continua alta, exigindo negociações com credores para evitar novos pedidos de recuperação judicial.

O professor do Ibmec, Luís Fernando Guerrero, explica que muitos contratos firmados durante a pandemia estão vencendo agora, criando novos desafios financeiros para as empresas. Assim, as expectativas de crescimento não se concretizaram, impactando negativamente a capacidade de pagamento das empresas.

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Micro e pequenas empresas

Das empresas que entraram com pedidos de recuperação judicial em abril, 144 eram micro e pequenas, representando 78% do total. Portanto, esse número é o segundo maior da série histórica para essa categoria, ficando atrás apenas de setembro de 2016. Filipe Denki, advogado especialista em Direito Empresarial, observa que essas empresas têm menos acesso a crédito e uma estrutura administrativa financeira mais frágil.

As micro e pequenas empresas enfrentam grandes dificuldades para acessar crédito, o que complica ainda mais a recuperação. O professor reforça que o processo de recuperação judicial é caro e as chances de sucesso são menores para essas empresas, mesmo sendo uma alternativa viável.

Em resposta aos desafios enfrentados pelas pequenas empresas, o governo lançou o programa Desenrola, direcionado a Microempreendedores Individuais (MEIs) e MPEs. Sendo assim, o programa visa renegociar dívidas não pagas até 23 de janeiro deste ano e beneficia empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões. De acordo com o Sebrae, 25% das micro e pequenas empresas estão atualmente inadimplentes.

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