Mugur Isarescu pode continuar na presidência do Banco Nacional da Romênia, cargo que ocupa desde 1990, logo após a queda do ex-presidente da Romênia Nicolae Ceausescu. O painel de nove membros responsável pela fixação de taxas deverá decidir sobre seu novo mandato de cinco anos após as eleições locais e para o Parlamento Europeu, com votação prevista até o final de junho.
Isarescu conta com o apoio dos principais partidos no Parlamento para mais um mandato, conforme relatam fontes anônimas devido à natureza confidencial das discussões. Embora não tenha confirmado sua candidatura para o oitavo mandato inicialmente, ele aceitaria o convite com o apoio do Parlamento. Como presidente do banco, ele enfrenta a inflação mais alta da União Europeia e recomenda cautela nas expectativas de cortes rápidos nas taxas de juro. Ele também alerta o governo para controlar o déficit orçamentário, previsto em 5% do PIB este ano.
Surpreendentemente, os decisores de Bucareste mantiveram a taxa de juro de referência em 7% na reunião de 13 de maio. Isso contrariou a previsão da maioria dos economistas que esperavam um corte de 0,25 ponto percentual.
Mudanças no painel de decisão
Espera-se que Leonardo Badea, vice-presidente do Banco Central, substitua Florin Georgescu como primeiro vice-presidente. Ionut Dumitru, ex-economista-chefe do Raiffeisen Bank e ex-presidente do conselho fiscal, tem apoio para se tornar vice-presidente, substituindo Eugen Nicolaescu. Outros membros atuais, como Cristian Popa e Csaba Balint, provavelmente renovarão seus mandatos, e Cosmin Marinescu, conselheiro presidencial, pode se juntar à equipe.
Um porta-voz do banco central optou por não comentar sobre o processo eleitoral e as especulações em torno da recondução de Mugur Isarescu. A possível continuidade de Isarescu sinaliza a busca por estabilidade na gestão do banco e uma política econômica consistente em um período de incertezas fiscais e econômicas.