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Confira as maiores altas do Ibovespa em 2024

Ações da Embraer, BRF, Cielo, Marfrig e Cemig se destacam no Ibovespa

Ibovespa
(Imagem: divulgação/Ibovespa)
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(Imagem: divulgação/Ibovespa)

A Embraer (EMBR3) acumula uma alta de quase 64% de janeiro até 28 de maio, destacando-se como a maior alta do Ibovespa em 2024. O aumento é atribuído ao forte momento operacional da montadora de aeronaves de São José dos Campos. A carteira total de pedidos da Embraer alcançou US$ 21,1 bilhões no primeiro trimestre, a maior soma em oito anos. A demanda se espalha por aviação comercial, aviação executiva, defesa e manutenção de motores, com a American Airlines pedindo 90 aeronaves comerciais.

Além disso, a empresa apresentou um forte resultado no primeiro trimestre, com lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 233,7 milhões, um aumento de 333,6% em relação ao ano anterior. A margem cresceu 3,9 pontos percentuais, atingindo 5,3%. Já no segundo trimestre, a Embraer está em negociações com outras companhias, como a InterGlobe e grupos sauditas, para novos negócios.

BRF e Marfrig

Em segundo lugar, a BRF (BRFS3) registra uma alta de 37,8%. A controladora, Marfrig (MRFG3), ocupa a quarta posição com uma alta de 18,2%. Assim, a reestruturação da BRF começou a mostrar resultados, com números do primeiro trimestre considerados históricos, impulsionando as ações em mais de 10% após a divulgação. A melhora no preço das aves no mercado internacional e a queda nos preços das commodities agrícolas ajudaram a aumentar as margens da empresa.

A Marfrig, com mais de 50% de participação na BRF, também se beneficia. Sendo assim, a subsidiária contribuiu para os resultados do primeiro trimestre, apesar de operações de carne bovina nos EUA ainda impactarem negativamente os números.

Cielo e Cemig

A Cielo (CIEL3) ocupa a terceira posição, com uma alta de 24,5%. O resultado do primeiro trimestre dividiu opiniões, pois o lucro acima do esperado foi, em grande parte, devido a eventos não-recorrentes. Mesmo assim, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), controladores da Cielo, sinalizaram a intenção de fechar o capital da empresa por meio de uma oferta pública de aquisições (OPA), com expectativa de um prêmio, impulsionando a alta das ações.

Por fim, a Companhia Energética de Minas Gerais, a Cemig (CMIG4), é a quinta maior alta, beneficiando-se da recuperação após o temor de federalização. A recente proposta do governo federal de renegociação da dívida de Minas Gerais reduziu as chances de federalização das estatais mineiras, incluindo a Cemig, aliviando o mercado.